Sábado, 18 de abril de 2015 - 05h56

Destruído pela enchente de 2014 e abandonado pela prefeitura, a mercadoria do Mercado do Peixe é a droga
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No entorno, o medo Nas proximidades do prédio que já foi o “Mercado do Peixe” funcionam vários pequenos estabelecimentos comerciais que vendem de tudo ou atendem em pequenos serviços. Ali há uma situação mista de desesperança pela situação da área, e não apenas do prédio abandonado, toda cheia de buracos mostrando a falta de qualquer ação beneficente do poder público, e medo, de que haja uma reação de algum “morador” do “Mercado”. “Se você não me fotografar e nem meu comércio eu falo”, disse um comerciante lamentando a situação da região. “Nem adianta isso ser parte da história de Porto Velho, porque nem o Governo, nem a Prefeitura e nem o tal do Iphan que fica nos importunando faz nada por nós”, queixou-se. Uma moradora das proximidades completou: “Aqui mora gente de bem, mas para as autoridades aqui é como se a gente fosse o “c” da cidade. Sá aparecem aqui em tempo de eleição ou para reclamar que nós estamos ocupando área que nem eles sabem de quem seja”. |
Ontem, sexta-feira, 9 horas, o repórter do ALTO MADEIRA estava fotografando o prédio onde funcionava o “Mercado do Peixe”, no Bairro Cai n’Água quando foi parado por um “morador” do local. Primeiro ele queria saber por que o repórter estava ali. Depois fez a proposta:
“Meu, tem uma “parada” aí. É baratinha e é da pura. Tá a fim?”.
Construído na administração Carlinhos Camurça, para ser o “Mercado do Peixe”, uma espécie de ponto de apoio para os “peixeiros”, e de com boas condições de acesso ao lado de área própria para estacionamento de clientes, o prédio foi invadido pelas águas do Rio Madeira em 2014 logo depois de ser abandonado quando a enchente já estava invadindo os boxes, e passado mais de um ano transformado em morada de noiados, que fazem dali, também, um ponto de venda de drogas.
Dos boxes, pouco sobrou, afora detritos, uma sujeira violenta, fedor de coisa podre, e a ideia que se tem é de que cada um dos boxes foi transformado numa espécie de apartamento onde tem de tudo um pouco, de fezes a lixo, passando por roupas amontoadas e pessoas de qualquer forma dormindo.
No entorno do prédio o lixo acumulado da enchente de 2014 ainda está presente, inclusive um emaranhado de troncos de árvores que foram trazidas pela corrente d’água, enquanto poças de lama e muita sujeira acabam de completar o quadro.
Ao ver que não conseguiria vender a “pura”, o noiado apelou: “Arruma aí algum p’reu tomar um café”. (Texto e Foto: Jornal Alto Madeira)

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