Quinta-feira, 1 de agosto de 2013 - 00h09
Antecedentes
Em 20 de março de 1728, os padres Jesuítas portugueses João de San Payo e Manuel Fernandes, instalaram na margem direita do Rio Madeira, em frente a Cachoeira Aroaya[1], a primeira desse rio, no sentido foz/nascente, a Missão de Santo Antônio das Cachoeiras, constituída por tapirís construídos com achas de madeira, cobertos com folhas de palmeiras, concentrados em derredor da CAPELA construída da mesma f
orma. Tendo em frente uma grande cruz de madeira (Cruzeiro). O povoado missionário circundado pela densa floresta, era precariamente protegido por paliçadas resguardando-o das investidas das feras e dos constantes assédios dos indígenas Caripuna, Torá, Munduruku, Mura e outros. Tinha por finalidade servir de base a exploração do alto Rio Madeira e de seus tributários, a catequese dos indígenas empregando-os como força de trabalho e o apoio aos navegantes que se dirigiam aos arraiais auríferos do alto Rio Guaporé, e os que desses seguiam com destino à Santa Maria de Belém do Grão Pará.
A missão prosperava, reunindo mais de cem habitantes. Porém em 1742 foi atacada e totalmente destruída, incendiada pelos indígenas da nação Mura, os quais trucidaram mais da metade de seus habitantes, expulsando os remanescentes padres e missionados, os acossando rio abaixo, até a missão de Trocano (atual cidade de Borba/AM). Santo Antônio das Cachoeiras desapareceu relago ao abandono. Ressurgindo na segunda metade do século XIX no primeiro ciclo econômico da borracha, tornando-se importante empório comercial.
Construção da Capela
Em 08 de abril de 1908 após transcorridos 166 anos da destruição da CAPELA, foi criada a Paróquia de Santo Antônio. E em 15 de outubro de 1909, o governador do Estado do Amazonas mandou demarcar o terreno para sua construção. Prestigiaram o ato da demarcação o tenente Francisco Aracaty Padilha Subdelegado de policia, o senhor Enéas Franco agente fiscal municipal, e os comerciantes Esron Menezes, Antônio Marcelino Cavalcante e Nelo Gomes Rezende.
O Prefeito Municipal Dr. Joaquim Augusto Tanajura, em 1912, visando a instalação da Paróquia mandou construir a casa paroquial e instituiu a Comissão Pro Construção da Igreja, integrada pelos senhores José Fortunato da Conceição, José Ribeiro Dantas e o Coronel Luzitano Barreto, os quais se puseram em ação conseguindo donativos de materiais e recurso em dinheiro. O superintendente da Ferrovia Madeira-Mamoré Dr. Rudolph O. Kessebing doou 20 barricos de cimentos e 500,$000 (quinhentos mil reais). Fizeram doações os comerciantes, os seringalistas e o povo em geral, deram início a construção da CAPELA, concluindo-a em junho de 1914.
Primeira Missa
A primeira missa foi oficiada pelo padre Raimundo Oliveira pároco de Humaitá, na CAPELA ainda em construção.
Em 13 de junho de 1914, foi solenemente inaugurada, sendo entronizada a imagem de Santo Antônio de Pádua seu padroeiro.
Em 2013, completou 100 (cem) anos, erguida no mesmo sítio da construída pelo padre João de San Payo em 1728, a qual se não tivesido destruída pelos Mura, teria completado 285 anos.
Restauração
A Santo Antônio Energia, comprometida em promover a preservação dos bens históricos e culturais do Estado de Rondônia, procedeu a sua restauração e a revitalização do espaço em seu entorno. Os quais o povo tem por obrigação zelar e proteger.
Abnael Machado de Lima
Membro fundador da Academia de Letras/RO
Ex-professor de História da Amazônia na Universidade Federal do Pará
[1]Nome indígena da atual Cachoeira de Santo Antônio. Denominada São João pelo Sargento-mor Francisco de Melo Palheta, em 1723.
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