Domingo, 15 de outubro de 2017 - 10h07
Monica Yanakiew - Repórter da Agência Brasil
Após cinco meses de protestos, que deixaram um saldo de pelo menos 120 mortos e um país dividido, a oposição e o governo da Venezuela voltam a se enfrentar neste domingo (15), desta vez nas urnas. Dezoito milhões de eleitores foram convocados para escolher governadores em 23 estados, em meio a uma grave crise econômica e social e denúncias de fraude.
Os partidos de oposição, que compõem a frente Mesa de Unidade Democrática (MUD), têm acusado o governo de lançar mão de qualquer artifício para garantir a própria vitória, mesmo quando as pesquisas de opinião indicam que o presidente Nicolás Maduro tem índice de rejeição em torno de 85%. Como exemplo, a oposição cita seus líderes, que foram presos ou impedidos de se candidatar, e até a transferência, de última hora, de centros de votação.
Segundo o governo, a mudança, que afeta mais de 700 mil eleitores, foi necessária por motivos de segurança. Mas o governador de Miranda, Enrique Capriles, que se opõe a Maduro, afirma que foi uma manobra para confundir o eleitor nos lugares onde a oposição é forte – como o estado dele. “É normal que, faltando 48 horas para a votação, 224 mil eleitores de Miranda sejam transferidos de um centro a outro? ”, perguntou Capriles.
Apesar de temer que haja manipulação e fraude, a MUD decidiu participar do pleito, apostando em uma vitória como a de 2015, quando elegeu a maioria parlamentar pela primeira vez em 18 anos de governos chavistas. Ha três anos, a Venezuela já sentia os efeitos da crise, agravada pela queda no preço do petróleo, principal produto de exportação do país.
Sem recursos suficientes para importar remédios, alimentos e produtos de primeira necessidade, o país enfrenta hoje desabastecimento, inflação anual superior a 600%, em 2017, e queda de 12% Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). Maduro foi incapaz de solucionar tais problemas, inexistentes no período de fartura petroleira do governo de seu padrinho político, Hugo Chávez (1999-2013). Mesmo assim, Maduro está decidido a concluir o mandato, em 2018, e disputar a reeleição, ou tentar fazer o sucessor.
Atualmente, o governo federal controla 20 dos 23 estados. Para a oposição, o descontentamento dos venezuelanos com a crise vai se refletir nas urnas, desde que consiga convencer pelo menos 60% do eleitorado a votar. Neste caso, a expectativa dos opositores e eleger entre 15 e 18 governadores.
Mesmo que o resultado seja favorável à oposição, não há garantia de que a situação na Venezuela mude. O Congresso, de maioria opositora, nunca pode legislar. Suas decisões foram anuladas pela Suprema Corte, até a posse, em agosto, da Assembleia Nacional Constituinte, que assumiu os poderes legislativos. E os constituintes são todos governistas, até porque a oposição não participou das eleições, por considerá-las fraudulentas.
O vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, um dos homens fortes do governo, já afirmou que os governadores eleitos domingo (15) só poderão assumir, depois de aprovados pela Assembleia Nacional Constituinte. Na campanha, Maduro pediu aos venezuelanos que votem pela continuação da "revolução boliviariana", iniciada por Chávez e contra a ingerência externa.
Os Estados Unidos, a União Europeia, o Brasil e outros países da região têm condenado Maduro por considerar que ele avançou sobre o Judiciário e o Legislativo e que, na Venezuela, hoje, não existem mais poderes independentes.
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