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ONU critica cerco e fome como métodos de guerra na Síria


Da Agência Brasil

A comissão de inquérito da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre violações de direitos humanos na Síria critica o cerco de cidades e a fome como métodos de guerra do regime, na mais recente atualização do seu relatório, divulgada hoje (5).

“Mais de 250 mil pessoas estão cercadas na Síria, regularmente bombardeadas pela artilharia e a aviação. Estão privadas de ajuda humanitária, de alimentos, de cuidados médicos, e forçadas a escolher entre a fome e a rendição”, diz o relatório, elaborado por juristas ligados à ONU e citado por agências internacionais.

O relatório, que tem entre os autores a ex-procuradora do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, Carla del Ponte, denuncia uma campanha de morte pela fome até a submissão.

“Esta campanha é aplicada no contexto de total violação dos direitos humanos e da lei humanitária internacional”, acrescenta o texto, destacando as situações em Ghouta, Daraya e Moadamiyet Al Sham, na zona rural de Damasco, no campo de refugiados palestinos de Yarmuk, perto da capital, e na cidade velha de Homs.

O relatório se refere a uma série de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade cometidos pelas partes em conflito entre meados de julho de 2013 e 20 de janeiro de 2014.

Sobre o campo de Yarmuk, onde cerca de 20 mil pessoas estão sitiadas sem alimentos ou medicamentos, os autores do documento descrevem uma situação em que “as pessoas não têm nada para comer, esgotaram todas as suas provisões, e alimentam-se de folhas de plantas". Foram recebidas informações de mortes por fome, acrescentam.

Grupos da oposição ao regime também mantiveram cercos, incluindo as cidades de Nubul e Al Zahraa, na província de Alepo, e em parte do vale de Al Ghab, na província de Hama, segundo o relatório.

Uma comissão, dirigida pelo diplomata brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, foi criada em 2011 pela Comissão de Direitos Humanos da ONU para investigar abusos cometidos na guerra na Síria, que pode ter causado a morte de mais de 140 mil pessoas.

As forças governamentais e seus aliados, segundo o relatório, são responsáveis por “ataques generalizados contra civis e atos sistemáticos de assassinatos, tortura, violações e desaparecimentos forçados, como crimes contra a humanidade”. As forças do regime também são responsáveis por crimes de guerra como assassinatos, massacres, sequestros e uso de crianças como soldados.

Os vários grupos da oposição são responsáveis por crimes de guerra, incluindo assassinatos, execuções sumárias, tortura, sequestros e violações, assim como ataques contra médicos, religiosos e jornalistas.

As vítimas mais duramente atingidas são os civis das áreas controladas pelo grupo radical Estado Islâmico do Iraque e do Levante na província de Raqqa, sujeitos a “sofrimento físico e psicológico sistemático”.

A comissão não foi autorizada a ir à Síria e baseou a sua avaliação em 2.600 entrevistas.

O relatório inclui uma lista, confidencial, de pessoas e grupos que podem ser criminalmente responsabilizados por abusos e critica a intervenção de “atores externos” que apoiam as tropas com recursos financeiros e logística, destacando a falta de ação do Conselho de Segurança da ONU.

O conflito na Síria já provocou mais de 136 mil mortes desde março de 2011, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

*Com informações da Agência Lusa

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