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Garimpagem: o grande vilão


Garimpagem: o grande vilão - Gente de Opinião

Além das hidrelétricas, da queda natural gerada pelo fluxo das águas, da forte trepidação dos potentes motores dos empurradores de balsas, um outro  problema, considerado muito maior do eu a soma dos dois, está destruindo plantações, casas e tudo que encontra pela frente na área ribeirinha do Rio Madeira.

Na região, onde os moradores, via de regra pequenos agricultores e/ou pescadores da região, dizem que o maior inimigo da natureza é a garimpagem feita por dragas com potentes bombas de sucção que, na busca do ouro de aluvião, estão, como e diz por ali “acabando com tudo e matando até a fauna do rio por causa do uso indiscriminado de mercúrio”. E fazem um denúncia que precisa ser levada a sério pelas autoridades da área de segurança. 

“Qualquer reclamação dos ribeirinhos, são respondidos com ameaças de morte pelos donos das dragas e das balsas”, denunciam, temendo, no entanto, citarem seus nomes ou onde residem. “Já teve caso aqui de pessoas serem ameaçadas pelos garimpeiros e por isso eles acham que seja melhor muitas vezes nem contar essas histórias”, afirmou um viajante que costuma atender pequenos comerciantes da região.

As denúncias são graves e já teriam sido feitas diversas vezes, sem sucesso, o que chega a levantar suspeita sobre a falta de fiscalização contínua por parte dos responsáveis. “Tem fiscalização, mas só aparece aqui quando vem junto com a televisão, depois desaparece”, queixam-se. Para muitos moradores a garimpagem descontrolada é  mais grave do que todos outro fatores, e  é responsável pelo “grave fenômeno causado pelo ser humano, que já está colocando em risco todo o ecossistema do Rio Madeira.

Os ribeirinhos citam que antes a garimpagem era feita mais para o meio do rio, onde além de causarem assoreamento também poluíam as águas com dejetos e mercúrio, que, conforme se diz por ali, vai para o fundo dos rios, sendo alimento para os grandes peixes “lisos” que comem sempre nas profundezas, casos dos dourados, etc, muito apreciados na culinária amazônica.


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AS BALSAS

Enormes balsas trafegam dia e noite pelo Madeira, levando muitas toneladas de mercadorias, e procuram via de regra as proximidades das margens, o que gera enormes banzeiros e uma grande trepidação no barranco, contribuindo ainda mais para o aumento dos desbarrancamentos e aumentando o temor de que pessoas ou animais, e bens, eu se encontrem mais próximas às margens sejam tragadas pela sucção gerada pelos banzeiros.

Conversar com os ribeirinhos é encontrar uma situação constante de histórias de problemas gerados por diversos fatores, mas outra grande, e importante queixa é do abandono. “Pouco adianta dizermos que existe algo como um departamento de interior na prefeitura, porque aqui pouco se vê seus resultados e os administradores nada podem fazer porque lhes faltam recursos  mínimos”, resume o parente de uma família da região mas que mora em Porto Velho.

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