Terça-feira, 14 de julho de 2009 - 18h49
A publicação, na última quinta-feira, do parecer do IBAMA vetando a emissão da licença e pedindo complementação do EIA motivou discursos inflamados e expôs novamente os interesses políticos em torno do projeto. Encabeçados pelo senador João Pedro, atual suplente de Alfredo Nascimento, 75 parlamentares se organizam para pressionar o Ministério do Meio Ambiente pela emissão da licença. 
Ao mesmo tempo, o DNIT já informou que além de pedir revisão do parecer deverá recorrer judicialmente da decisão. A fala mais contundente veio do governador do Amazonas, Eduardo Braga, para quem essa discussão além de esquizofrênica, é pouco ética.
Ao afirmar que não vai permitir que ambientalistas decidam sobre o futuro da rodovia, o governo do Amazonas demonstra desinformação sobre as bases técnicas do parecer do IBAMA sobre o EIA. Ao contrário dos argumentos incipientes que a justificam, a decisão de negar a licença é, em todo o processo decisório envolvendo a BR-319, certamente a mais bem (e talvez única) decisão embasada em critérios explicitamente técnicos.
Contradições no discurso do governo estadual em relação à BR-319 não são novidade. Em 2005, quando o MMA exigiu que a obra fosse licenciada, o governo acusou o órgão federal de atender a interesses dos que não queriam o desenvolvimento do estado. Em 2007, ao defender a ferrovia, o governo do Amazonas alardeava o potencial turístico e de créditos de carbono desse projeto em detrimento das rodovias, apontadas como mau hábito.
Sem dúvida, como o próprio governador reconhece em seu discurso, a Amazônia mudou. Há 20 anos, quando a BR-319 foi fechada por falta de uso e manutenção, a fronteira de desmatamento hoje consolidada no sul do Amazonas, era incipiente e não foi combatida. A inclusão de municípios do sul do Amazonas como Lábrea na lista dos mais desmatados é prova de que muita coisa mudou. Se o hábito de implantar projetos inviáveis ambiental e economicamente como a BR-319 não mudar,infelizmente a Amazônia que não existe mais será realidade até  mesmo no estado mais preservado do bioma.
Fonte: Greenpeace
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