Sábado, 17 de março de 2012 - 20h06
Trabalhadores decidiram manter greve na usina, disse sindicato na sexta.
Na quinta, Justiça declarou paralisação ilegal e impôs multa de R$ 200 mil.
A Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec) disse neste sábado (17) que pediu reforço da Força Nacional para a segurança na Usina Hidrelétrica de Jirau. O pedido foi feito na quinta-feira (15).
Nesta sexta (16), os trabalhadores da usina, em Porto Velho, decidiram manter a greve da categoria, que entra no sétimo dia, disse Raimundo Soares Enelson, presidente do Sindicato dos Empregados da Construção Civil do Estado de Rondônia (Sticcero). A decisão ocorreu após assembleia de funcionários das empresas Enesa Engenharia e Camargo Corrêa no canteiro de obras.
REVEJA VÍDEO: |
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Vandalismo no canteiro de Obras da UHE Jirau |
17/03/2011 |
Trabalhadores de Jirau preocupados com empregos |
De acordo com a Sesdec, o pedido de reforço à Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, foi feito após reunião realizada na própria quinta-feira.
Como é a segunda vez que o Estado de Rondônia pede ajuda da Força Nacional para a segurança da usina, o pedido está sendo avaliado, primeiramente, pela Procuradoria Geral da República, disse a Sesdec. A Secretaria Nacional de Segurança Pública informou que ainda não recebeu o pedido.
Em março de 2011, o governo já havia enviado a Força Nacional para conter violência nas obras de Jirau, por conta de protestos dos trabalhadores locais.
A Sesdec disse que atualmente há 100 homens da Companhia de Operações Especiais (COE), que faz o policiamento ostensivo no estado, em Jirau. Segundo a secretaria, o pedido ao governo federal foi feito porque esses homens fazem falta no policiamento das demais operações do estado. A Sesdec disse, ainda, que há homens da Força Nacional atuando em Rondônia, mas não em Jirau, e sim em outras frentes.
Na quinta-feira (15), a Justiça do Trabalho declarou ilegal a greve de trabalhadores da usina e fixou multa diária de R$ 200 mil para os trabalhadores em caso de descumprimento da decisão. A decisão do desembargador Ilson Alves Pequeno Júnior, relator do Dissídio Coletivo de Greve no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 14ª Região, foi de declarar em caráter liminar a greve como ilegal, determinando o retorno dos funcionários ao trabalho.
"Estamos negociando com a Justiça e com a empresa o que pode ser feito. Sabemos que a greve é ilegal, mas os trabalhadores é que decidiram manter a paralisação. Estou vendo o que o sindicato pode fazer, pois podemos ser multados por isso", declarou Raimundo ao G1.
Em março do ano passado, a hidrelétrica de 3.750 megawatts (MW) e que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, registrou uma revolta de trabalhadores que resultou na destruição de instalações, suspensão da obra e dispensa temporária de 10 mil trabalhadores.
A pauta de reivindicações do sindicato tem 10 itens, entre eles aumento de 30% do salário, cinco dias de folga a cada 70 dias trabalhados (atualmente, a folga é a cada 90 dias corridos de trabalho), aumento do valor da cesta básica de R$ 170 para R$ 350, plano de saúde gratuito extensivo a familiares, aumento de periculosidade e insalubridade e disponibilidade de um médico ginecologista no posto de saúde do canteiro de obras.
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