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Saúde pública de RO está pior do que estava em fevereiro, avalia CFM


Na tarde da última terça-feira (08) a diretoria executiva do Conselho Federal de Medicina (CFM), acompanhada de representantes das entidades médicas locais, fez visita aos hospitais Doutor Ary PinheiroSaúde pública de RO está pior do que estava em fevereiro, avalia CFM - Gente de Opinião (Hospital de Base) e pronto socorro João Paulo II, em Porto Velho, para avaliar as condições da assistência pública em Saúde no Estado. “Em fevereiro visitamos esses mesmos hospitais e, infelizmente, a situação piorou”, avaliou o presidente do CFM, Roberto Luiz D’Ávila, ao fim da visita. (Reveja, AQUI, a visita JN no AR da Rede Globo, realizada dia 24 de janeiro de 2011).

Segundo ele, não houve mudança concreta, “muito embora o diretor do Hospital de Base tenha dito que fez investimentos na parte física e que terá atendimento em parceria com Hospital do Câncer de Barretos”. “Não vimos esses investimentos, o que vimos foi o mesmo caos que havia em fevereiro, aliás, pior”, ressaltou D’Ávila.

O vice-presidente do CFM, Carlos Vital, também mostrou decepção ante o quadro classificado por ele como “desumano” encontrado, principalmente, no João Paulo II. “Permanece a situação, eu diria, inaceitável em termos de assistência à Saúde Pública. Há carência, não só de recursos humanos, mas de espaço físico e de materiais. Em síntese, não há como se compreender um atendimento de emergência naquelas circunstâncias. Permanece o status quo de incapacidade de atendimento de emergência”.

A vinda da executiva do CFM a Rondônia foi em atenção à solicitação do Conselho Regional de Medicina (Cremero). A expectativa, segundo informou a presidente da autarquia, Maria do Carmo Demasi Wanssa, é de que o Governo reabra o diálogo com as entidades médicas em busca de uma solução prática para o problema da saúde. “A solução passa por um processo de determinação política”, acentua.

In loco

O presidente do CFM disse que tinha ouvido falar sobre o estado de guerra em que se encontra o hospital e pronto socorro João Paulo II, “mas nunca imaginei que estivesse tão ruim”.

Além do odor de fezes, que se junta ao de urina e secreções, havia, no momento da visita dos médicos, um paciente morto ao lado dos doentes. “Cobriram o morto com lençol quando passamos. É um ambiente realmente de guerra, não se pode avaliar de outra maneira a total insensibilidade do poder público em permitir que as pessoas sejam tratadas daquela forma”.

“E outra questão é: como esse povo consegue aceitar essa situação? Em outro lugar, com sentimento maior de cidadania, já teriam sido feitos manifestos de revolta. Mais uma reflexão é: como o Ministério Público, que dever de defender a sociedade, tem sido silente, quieto, calado ante esse caos? Existem muitas palavras, muitas promessas, mas nada de concreto é feito. O João Paulo II é um dos piores lugares que já visitei”, finalizou Roberto D’Ávila.

OS's

A questão das Organizações Sociais (OS’s), segundo Roberto D’Ávila é um grande risco para o cidadão, porque, pode haver melhora, mas vai depender muito de qual OS vai assumir a Saúde. “Muitas vezes usam-se as OS’s como subterfúgio para o governo não se submeter mais a fiscalização e acaba-se com as licitações e concursos públicos, ou seja, pode ser prejudicial”.

Fonte: Cremero
 

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