Terça-feira, 21 de junho de 2011 - 19h15
Um dedo de prosa com Mangabeira para se sentir uma mula. Dono de conhecimento que me parece sem fim. É sempre bom e proveitoso ouvi-lo. Só tem que neste dia, ele não estava nos seus melhores momentos, mas, também pudera.
Allan pregou uma nele de amargar. Convidou o ilustre professor para conhecer União Bandeirante. Disse – é bem ali. Quase tudo asfalto. Homem acostumado a sair de casa para lecionar em Harvard. E voltar pra casa limpinho e cheiroso. Encantou-se em conhecer os limites do homem diante de um admirável mundo. De se assentar contra tudo e todos, em meio a floresta, sem regras, na expectativa de um dia serenar os ânimos e ser dono de um pedaço de terra.
Claro que Mangabeira foi. Aos sacolejos depois que saiu do eixo da BR 364. E lá vai ele, dentro de um carro, como um se jogando entre buracos da estrada, num soca-soca que parecia que primeiro iria ao fim do mundo. Allan nem se atinava, que por dentro ele se remoía em dores e fadiga. Basta ver a idade. A falta de costume. Ainda se fosse um rápido tiro num helicóptero. Tudo bem.
Enfim, pôs os pés no Distrito de ruas largas, dois morros sentinelas, subindo neles, vê-se um descampado raspado do que foi um dia floresta. Nem se tem idéia de que ali também é Brasil. A rodoviária onde se compra tudo. Pedaços de bolo, paçoquinha de amendoim. Estas coisas, com batatinha frita. E goles de pinga. Uma rádio comunitária que manda abraços e recados. E um povo que não reclama de nada. Uma unidade de saúde que vê médico a cada 15 dias, um pouco mais ou um pouco menos. Nem por isso se desespera. E o velho catedrático mais calado do que de costume, quase sem o seu sotaque, suando frio, agoniado, vestido de paletó preto e gravata, bem estranho aos costumes, onde o povo de bermudão circula com manto de suor natural e poeira. E tudo é mesmo assim, natural.
O mestre, como disse, agoniado, pressão abaixando, sentindo-se mal, maldizendo a sorte da desventura, pediu para retornar com maior conforto, quem sabe voando, para melhor apreciação da imensa capacidade do homem e ir além dos seus próprios limites e conveniencias. Que nada. Sem contatos com Porto Velho, veio de novo, seguindo os mesmos passos, numa saga inesquecível, que será objeto de suas reflexões pelo resto da vida, de como lhe será possível dar rumos de esperança, renda, perspectivas humanas de desenvolvimento, nem se fala aqui, em UB no termo sustentabilidade. Mas, como o Estado se fazer presente aqui e dizer a este homem bravio e ousado, pode também um dia, que seja breve, ser chamado cidadão. Do outro lado como seria descrito, em tese ou monografia, a dimensão da ousadia de como renascer em Rondônio os mesmos princípios do eterno recomeço.
Ele, o Mangabeira Unger, homem de centro de convenções, de argumentos ricos e fartos, retornou à capital, Porto Velho, depois, segundo ele de imensa aventura, talvez um verdadeiro rally Paris – Dakar.
Fonte: Blog do Confúcio
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