Quarta-feira, 18 de maio de 2011 - 11h47
A inércia do poder público é estampada através dos números do Censo realizado pelo IBGE em 2010 – PNAD onde acusa um grau de extrema preocupação em relação a grande quantidade de analfabetos em Rondônia. O quantitativo de analfabetos é assustador e pouca ou quase nada tem sendo feito para reverter este quadro tenebroso.
Em 10 anos pouca coisa mudou. Se formos analisar o quantitativo de recursos destinados à educação rondoniense, perceberemos que o combate à praga do analfabetismo foi fraca. Em 2000 o quantitativo de analfabetos era de 154 mil. Ou seja, em 10 anos a diminuição foi de apenas 10%. Onde estavam os senhores secretários de educação deste período? Alguns deles, inclusive, estão no poder, ou melhor, continuam usufruindo do poder público para se beneficiarem. Pessoas como o atual assessor especial do governador, um tal de Mário Jorge que foi secretário municipal de educação de Porto Velho e se intitula o grande conhecedor das causas educacionais e uma tal de Epífânia Barbosa que atualmente é deputada estadual e se diz defensora das mesmas causas de seu antecessor.
Escrevo este artigo ao bel-prazer da minha indignação. O analfabetismo é uma questão social e um fator crepuscular que adentra todo território brasileiro. Mas se temos 140 mil analfabetos, quantos analfabetos funcionais hão de ter nas cadeiras escolares e nas faculdades da vida?
Qual política pública da SEDUC para promover um trabalho árduo afim e limpar este dado vergonhoso de nossa estatística? Nenhuma caros leitores, nenhuma. A SEDUC não possui nenhum trabalho, pois sou professora e sei da realidade que é lidar com a falta de leitura, de informação e de conhecimento da escrita dos alunos dos ensinos fundamental e médio, Há alunos que chegam ao ensino fundamental do ciclo II (antigo ginásio) que sequer saber escrever um ditado simples, alertam professores da rede estadual.
Nossos vizinhos na América do Sul estão muito melhores do que nós. Contra os quase 10% de analfabetos no Brasil, a Argentina, com todos os seus tropeços, crises e desencontros, abriga apenas 2,8% e o Uruguai somente 2% — nível europeu. Até o mais pobre e sempre problemático Paraguai mostra índices mais vistosos: 94% da população é letrada, e apenas 6% são analfabetos.
O analfabeto é um ser desintegrado da sociedade. Ele tem uma concepção limitada do mundo e das coisas; o seu conhecimento é apenas temporal e espacial. Ele encara o mundo através de uma concepção mágica. Não tem capacidade crítica. Por conseguinte, está sempre à margem. Ele não integra a sociedade.
Voltando a tratar a questão para o foco em Rondônia, qual papel do governador que durante sua campanha em 2010 disse cuidar da educação como filho fosse! Creio que a resposta que ele está há apenas 05 meses no cargo seria ridícula e sem fundamentos. A lição de casa para uma boa educação é para ontem e não para final de mandato afim de apresentar números fantasiosos e mentirosos.
Então o que se espera para nosso Estado com este quantitativo enorme de analfabetos?
A educação de qualidade e para todos é único mecanismo eficaz para que empresas fortes, indústrias e empresários não tenham medo de investir nos confins do mundo brasilis. O período das usinas assim como é chamado nas ruas está passando. Teremos que suportar por mais quanto tempo a cultura do contra-cheque do servidor público? Para onde vai a criança rondoniense de hoje?
Fonte: Prof. Victoria Bacon
victoriabacon2004@hotmail.com
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