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Ciro Pinheiro

DIMAS FONSECA: HOMENAGEM NOS 80 ANOS



Sexta-feira, 25, aconteceu a comemoração do aniversario advogado (desembargador aposentado) DIMAS RIBEIRO DA FONSECA, poeta, escritor, membro da Academia de Letras de Rondônia, pessoa muito querida. Dr. Dimas Fonseca é piauiense, nascido em Guadalupe, hoje submersa pelas água do Rio Parnaíba. Formado em Direito pela Universidade de Minas Gerais, foi procurador geral de Justiça (MP), presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia e no exercício desta função respondeu interinamente pelo cargo de governador do Estado. É doutor em criminologia, foi professor da Universidade Federal de Rondônia e da Universidade Federal de Brasília. Intelectual de grande capacidade cuja vida foi sempre pautada pela constante procura da justiça nos altos cargos ocupado em sua trajetória como servidor público de alto nível. Ocupa a cadeira número 1 da Academia de Letras, que teve como primeiro ocupante o médico Ary Tupinambá Pena Pinheiro. O acadêmico Dimas tem como patrono sertanista Francisco Meireles. Ostenta, com orgulho os títulos de Cidadão Honorário do Município de Porto Velho e do Estado de Rondônia. Dimas Fonseca publicou, entre outras obras os livros “Discursos & Outras Contravenções Literárias”, “Minha Vida em Quatro Estações”, “Entre o peso da Toga e o Canto da Lira”.

Seu aniversário foi, realmente, uma bonita festa de confraternização, um encontro de muitos amigos, colegas do Judiciário, muitos advogados, diretores da Academia de Letras e a família quase inteira, irmãos, filhos, netos, e amigos que lotaram a sede social da AMERON, Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia, na estrada do Santo Antônio. Sempre com a esposa Maria Dorly e os filhos por perto, Dimas foi homenageado com muitos abraços, discursos, entrevistas e projeção de um roteiro de imagens de sua vida em “quatro estações” (titulo do livro de sua história) – Piaui-Minas-Brasilia-Rondônia. O filho Alexandre cantou a Ave Maria de Gounod e outras músicas ao lado de Marco De Lacqua e outros músicos. Dimas Fonseca foi sempre um apaixonado pela profissão e pela poesia.

DIMAS FONSECA: HOMENAGEM NOS 80 ANOS - Gente de Opinião
Dimas e Dorly com os filhos Dimas Junior, Marcella, Marianna e Alexandre

 
DIMAS FONSECA: HOMENAGEM NOS 80 ANOS - Gente de Opinião

Diante do bolo, com a sogra do filho Alexandre, Etelvina Rios,
também homenageada pelo aniversário no mesmo dia.


 

DIMAS FONSECA: HOMENAGEM NOS 80 ANOS - Gente de Opinião
Diante do bolo, com a sogra do filho Alexandre, Etelvina Rios, também homenageada
pelo aniversário no mesmo dia.  Com D. Dorly e o casal amigo Maria e Euro Tourinho

 

Durante as homenagens, Dimas, emocionado, contou esta história:

“No princípio era Porto Seguro, um vilarejo situado à margem direita do Rio Parnaíba, no Piauí. Não chegava a oitocentas pessoas seus habitantes, quase todas pobres como Jó. Não brigavam. Poucos adoenciam. Viviam como Deus era servido. As águas do inverno de 1926 e a Coluna Prestes aumentavam aquele punhado de gente. Naquela fase, dois jovens, Beija e Carminha, filhos dos troncos velhos, Alexandrino Mouzinho e Adelino Fonseca enamoraram-se no alvorecer da vida. Casaram-se perante a lei de Deus e dos homens.

Nasceram a termo os gêmeos Dimas e Dimar, no fim das chuvas de março, através da velha Crispiana, parteira, de mão boa, moradora entre as benzedeiras do Maranhão.

Quinze dias do parto, Dimas foi doado a Dona Eloia para criar com cuidado pois nascera engemado como pequi das quebradas do Piaui.

Dona Eloia era mulher solteira, idosa, pobre e teve a sina de criar filhos alheios.

O neto e filho de criação fora a sua própria vida até seus derradeiros dias.

Ainda hoje, os mais velhos imitam o seu chamado, todos os dias na hora do recreio do filho amado, gritava-o a toda hora “Dimas, meu fio, vem cá comer um pedaço de beiju”. Era a melhor merenda do mundo.

Na luta pela vida, sofreu muito. A criança adoeceu. Fora as mezinha indicadas, pouco conseguia de remédios da botica, também as rezas se esgotaram. Só restava a palavra final de Seu Fruto, o farmacêutico prático. Ali mesmo, mostrou o velho despertador, ajustou os ponteiros na hora certa e disse com voz entrecortada: “O menino terá, no muito, cinco minutos de vida”. Está entregue nas mãos de Deus. E assim continua até hoje, nesta noite cheia de alegrias, bem distante daquela de luz baça da lamparina onde nascia uma nova vida.
 

O vidente causa tumulto...

Dimas, franzino, mal entrado na adolescência, ainda sob os cuidados de Dona Eloia, foi por ela levado à presença de um vidente que predizia o tempo de vida de cada pessoa. A maior parte saía alegre certa de que viveria mais do que jequitibá da Bahia; outros saiam resmungando, achando que o vidente não dizia a verdade. Dona Eloia levou pela mão o filho e neto, nu da cintura para cima, com as costelas a mostra. O vidente disse em cima da fivela: “Este menino, minha dona, não alcançará vinte anos.” A Velha sentiu uma vertigem. Quase morre de susto. Não parou de rezar até um fim do prazo previsto. O delegado Bandeira ameaçou o oráculo de dar-lhe uma surra de cipó de tamarindo para nunca mais se meter em assuntos do Pai Eterno. O tempo continua passando e o menino franzino vivendo...

CEZAR ZOGHBI 87 ANOS

Cezar Zoghbi, paraense que em agosto de 1949, há 52 anos, plantou sua tenda em Porto Velho, chegou aos 87 anos neste domingo, dia 27 de março, firme e bem disposto, rodeado de uma grande família, composta de sete filhos e 12 netos. Os filhos: Carlito, Cezar Freitas, João Zoghbi, Regina Socorro, Vera Lucia, Cezar Rafael e Robespierre. Bom conversador, sempre atualizado, critico ferrenho das coisas que considera erradas, principalmente na área da política, atividade que largou há alguns anos. Cezar foi presidente da ARENA, partido do governo durante o regime militar e participou de eventos e decisões importantes naquela época. Foi comerciante, pecuarista, foi um dos fundadores da Associação Comercial, presidente do Sindicato dos Motoristas e atuou em várias outras instituições. Tem uma família bonita de gente que participa da vida do Estado. Nesta foto, bem antiga, Cezar aparece sentado, de terno claro, tendo ao seu lado (sentados) o governador Marques Henriques, o pecuarista José Milton Rios, o empresário Abidão Bichara Filho e, em pé, o médico Leônidas Rachid, o então prefeito de Porto Velho Odacir Soares e o comerciante Mourão Paulo.

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Fonte: Ciro Pinheiro - [email protected]
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