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Prefeitura de Porto Velho fiscaliza derrame de água servida


 

A Prefeitura de Porto Velho, através da Coordenadoria de Posturas, ligada à Secretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb), está intensificando a fiscalização com relação às águas servidas que são lançadas diretamente nas ruas. Por água servida se entende ser a água das pias da cozinha e do banheiro, dos tanques e das máquinas de lavar roupas e do chuveiro e em alguns casos até de sanitários. Outro problema comum são as ligações clandestinas diretamente nas galerias de águas pluviais (água da chuva). Não são apenas das residências que estas águas são jogadas nas ruas, também de prédios comerciais.

O correto com relação à água servida é que ela seja canalizada até uma fossa séptica ou até uma rede de esgotos. A coordenadora municipal de Posturas, Selima Silva, alerta que, “os fiscais estão trabalhando em toda cidade e quando uma situação de água servida lançada diretamente na rua é localizada, a primeira ação do fiscal e identificar a origem da água e a pessoa responsável e orientar sobre a solução”, disse.

Selina detalhou ainda sobre orientar e não multar, “a determinação do prefeito Roberto Sobrinho é manter a cidade cada vez mais limpa e organizada, mas que no contato com a comunidade os fiscais orientassem e instruíssem sobre a maneira correta de agir com a água servida e informar quais são as medidas que devem ser tomadas para que o problema seja solucionado e assim evitar multas”.

Os fiscais emitem uma notificação com prazo de 15 dias, o prazo previsto em lei é de 8 dias, para que o problema seja resolvido. Depois deste prazo os fiscais retornam ao endereço para conferir se as medidas foram tomadas ou não. Se nada foi feito, emitem uma revisão da notificação, que é o auto de infração, mais conhecido por multa, no valor de R$2.206,00. Mas, um novo prazo é dado e outros autos de infração poderão ser gerados.


Fossa séptica

Como Porto Velho tem apenas 3% de rede de esgoto, a construção de fossa séptica é a maneira correta para depositar a água servida e os dejetos, até que a rede pública de esgoto seja implantada pela Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd). A fossa deve ser construída preferencialmente longe de fontes de água, como cisternas e reservatórios, e em linha reta para evitar as curvas na tubulação. O sistema é composto de uma caixa de inspeção até uma fossa asséptica que recebe a água e os dejetos, e depois do processo natural de transformação deste material em líquido, o sub-produto (efluente) é despejado em um sumidouro que faz a dispersão diretamente na terra evitando contaminação, mal cheiro e doenças.A orientação da Semusb é que a fossa e o sumidouro sejam construídos dentro dos quintais, e não nas calçadas, esta situação também está sujeita a multas se não forem construídas no local correto.

Destruição do asfalto

O inimigo número um do asfalto é a água, pois penetra lentamente no meio da massa asfáltica e aos poucos provoca a ruptura do asfalto e com o trânsito de veículos surgem buracos e a destruição da cobertura. A Secretaria Municipal de Obras tem feito constantes reparos nas ruas de Porto Velho e em muitos endereços a recuperação é constante devido aos estragos feitos pela água servida que é lançada constantemente no meio da via pública.

A situação acaba se agravando mais com a presença de sabão, detergentes, saponáceos, alvejantes, óleo de cozinha e outros produtos químicos que aceleram a destruição das ruas, além de contaminar o meio-ambiente. Também colaboram para este quadro as águas da lavagem de piscinas, de lava-jatos, por exemplo.

 

Doenças e contágios

As águas de esgoto misturas com águas servidas são fontes de contaminação e de doenças, que afetam diretamente as crianças e idosos principalmente. Com a poluição do meio-ambiente surge um grande e perigoso risco de contaminação. As principais doenças e suas respectivas formas de contágio são: a Amebíase ou disenteria amebiana, provocada pela ingestão de água ou alimentos contaminados por cistos; Ascaridíase ou lombriga, ingestão de água ou alimentos contaminados por ovos; Ancilostomose, a larva penetra na pele dos pés descalços ou pelas mãos sujas em contato com a boca; Cólera, através da ingestão de água contaminada; Disenteria bacilar, via ingestão de água, leite e alimentos contaminados; Esquistossomose, também pela ingestão de água contaminada, através da pele; Febre amarela, pela picada do mosquito Aedes aegypti; Febre paratifóide, por ingestão de água e alimentos e moscas também podem transmitir; Febre tifóide, por ingestão de água e alimentos contaminados; Hepatite A, através da ingestão de alimentos contaminados, contato fecal-oral; Malária, pela picada da fêmea do mosquito Anopheles sp.; Peste bubônica, pela picada de pulgas; Poliomielite, via contato fecal-oral e falta de higiene; Salmonelose, por meio de animais domésticos ou silvestres infectados; Teníase ou solitária, devido à ingestão de carne de porco e gado infectados.

Fonte: : Fabrícius Bariani

 

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