Domingo, 3 de março de 2013 - 08h07
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Abdoral Cardoso
Quem acompanhou a inspeção da Justiça do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Rondônia ao laboratório de anatomia do curso de medicina e ao de enfermagem, no campus da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), sexta-feira (1º/3), ficou com a impressão de que a comunidade acadêmica desejava sim, a interdição anunciada no dia seguinte pelo juiz do trabalho Carlos Antônio Chagas Júnior.
Os problemas de falta de investimentos se agravaram tanto nos últimos anos, que a própria instituição deveria ter tomado a iniciativa de, com o apoio da comunidade acadêmica e a sensibilização da sociedade, dar mais visibilidade ao que vinha acontecendo e cobrar providências ao MEC.
A tese prospera quando alunos, como Ueligton Jackson da Costa, do 3º período de medicina, fala da indignação de se sentir lesado pelo governo, o maior responsável pela ideologização do orçamento da União com reflexo direto na política de desmantelamento das Universidades Públicas.
Ao mesmo tempo em que afirma que há 4 anos a data de validade do formol utilizado para conservação dos cadáveres para fins de estudo está vencida, Ueligton Costa revela estar pagando do próprio bolso um seguro para assistir aulas, quando a obrigação é do MEC, e chegou a fazer faxina no bloco de medicina para incentivar colegas e não parecer omisso.
Rondoniense e defensor de um maior grau de conscientização política dos estudantes universitário, ele ressalta que apesar dos esforços dos professores do curso nenhum aluno pretende cruzar os braços diante da falta de investimentos: “não quero ser um profissional mercenário, por isso estou me sentindo lesado”.
Assim, não precisa ser especialista para saber que, no prazo estipulado, pouco, ou quase nada poderá ser feito para dotar os laboratórios dos dois cursos das condições mínimas de funcionamento, e que o contingenciamento do orçamento da União não aprovado ainda pelo Congresso Nacional, tende a inviabilizar qualquer esforço da Reitoria nesse sentido.
A menos que uma grande mobilização dos vários segmentos da sociedade civil organizada consiga sensibilizar o governo federal e a equipe econômica da presidente Dilma a abrir a chave do cofre para resgatar do fundo do fosso a auto-estima da comunidade acadêmica, ferida de morte, neste instante, naquilo que deveria ser o projeto mais palpável de formação de profissionais para atender a maior demanda reprimida de mercado de que se tem conhecimento nos municípios do interior de Rondônia: a falta de médicos e enfermeiros.
Do jeito que estava, no entanto, não dava para continuar embora o curso de medicina seja detentor da nota “4”, na avaliação do Enade 2012, mas também é hoje o maior exemplo de como não deve funcionar um curso de graduação na área biomédica, e como tais fatos fogem à própria compreensão humana de quem convive com o problema bem de perto.
Fonte: Blog do Bidu
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