Segunda-feira, 28 de janeiro de 2013 - 10h34

Carlos Neves
O jeito simples de viver. A vontade exacerbada de trabalhar. O desejo de conquistar objetivos traçados por si próprio e, também, por pessoas que as tinha como amigas e companheiras. A valorização da própria família. O amor incondicional pelo Jornal Alto Madeira. A admiração pela família Tourinho. A sempre perspicácia no acompanhamento e na análise do campo político e, não poderia ser diferente, do cotidiano. Sempre disposto a comer e beber, mas não tão zeloso com a própria saúde.
Dessa forma que posso definir a passagem do sempre amigo Sued Pinheiro entre nós. Muitos o consideravam polêmico pelas posições firmes que assumia acerca de qualquer assunto. Tinha consciência de que não agradaria 100%, mas não deixava de opinar, pensando num futuro melhor para todos. Era obstinado por seu ideal e, sem receio, expressava o seu pensamento e a sua própria maneira de ver o mundo ao seu redor.
A convivência por quase duas décadas com ele me facilitava a discordar de alguns de seus pontos de vista. Quase sempre, Sued Pinheiro acatava as minhas ponderações. Em certas ocasiões,
chegava ao cúmulo de assumir para si os meus posicionamentos. Por isso, o considero de sempre amigo.
Conhecemos-nos na labuta do Jornal Alto Madeira, na década de 90. Eu na direção da Redação. Ele, no Comercial. Que convivência pacífica tínhamos! Quem milita na imprensa sabe o quanto não é fácil o convívio entre a disputa de espaço por anúncios e, ao mesmo tempo, de notícias, principalmente quando o enfoque dado ao texto noticioso contraria interesses de anunciantes. Sued Pinheiro até reclamava por conta dos contratos, mas defendia e apoiava o posicionamento do setor de jornalismo.
Mesmo depois de deixar o quadro de funcionários do Alto Madeira, a amizade com Sued Pinheiro não sofreu qualquer abalo. Pelo contrário, ficou foi mais próxima porque podíamos opinar, de forma diferente, sobre assunto que tínhamos pontos de vista distintos. O convencimento de ideias sempre prevaleceu entre nós.
Sued Pinheiro, nos últimos anos, assumiu quase todas as tarefas de interesse do Jornal Alto Madeira. Ao lado dos irmãos Euro e Luiz Tourinho, arregaçou as mangas e manteve o mais antigo Jornal de Rondônia a continuar bem informando seus leitores. A tarefa quase sempre o deixava exausto, mas, apesar do semblante cansado, mostrava-se gratificado por ver nas bancas o “sempre novo AM” divulgando os fatos jornalísticos. Ele nunca deixou de acreditar no que fazia com dedicação.
Na atual legislatura da Assembléia Legislativa, voltamos a trabalhar juntos no campo da comunicação social. Idealizamos e colocamos em prática alguns projetos. Sued Pinheiro na assessoria da Presidência da Casa e eu no Departamento de Comunicação. O trabalho apresentou bons resultados porque se pensou unicamente na instituição Poder Legislativo.
O bom coração de Sued Pinheiro, no dia 25 de janeiro de 2013, resolveu falhar (não seria acelerar em demasia) em seus plenos 50 anos. Inquieto, tinha inúmeros projetos para por em prática o quanto antes. Não foi possível. O Homem lá de cima o chamou e o levou do nosso convívio. Resta-nos o gratificante prazer da excelente convivência. O sempre amigo deve estar agora em lugar reservado para os bons. Aos seus familiares, o consolo. A nós, além do consolo, a certeza de que o nobre jornalista e publicitário deixou um legado que nos fortalecerá para sempre. Obrigado!
Fonte: *Carlos Neves é jornalista e ex-editor chefe e diretor de redação do Jornal Alto Madeira
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