Terça-feira, 4 de setembro de 2012 - 05h06

Ontem, 03 de setembro, sem divulgar a pauta como manda a lei, ocorreu mais uma sessão da Câmara Municipal de Rolim de Moura para aprovar o aumento de salário para os vereadores. Esta foi a quinta sessão em que os estudantes se reuniram para protestar e impedir o aumento abusivo de R$4.290 para R$8.000. Os estudantes já haviam feito no final de semana pit-stop com a frase “8 mil é roubo” e realizaram panfletagem denunciando a tentativa de criminalizar o movimento estudantil, que foi agredido pela polícia e por setores da imprensa local que apoiam o aumento de vereadores.
Os estudantes ficaram impressionados com o aparato policial utilizado para reprimir o protesto. A ordem era apresentar documentos, estar bem vestido e ser revistado na entrada e limitaram a entrada de apenas 80 pessoas, sendo que todos foram revistados e tiveram suas bolsas reviradas pela polícia. Poucos estudantes conseguiram entrar, ficando grande parte do lado de fora protestando. Os que entraram portavam faixas com os dizeres “o povo não é bobo, 8 mil é roubo” e após a votação interviram de forma contundente denunciando o abuso e gritando palavras de ordem.

A matéria havia sido modificada, ao invés de R$8.000,00 foi proposto um reajuste de R$5.800,00 e foi aprovada sob protestos e vaias dos estudantes. Ao final da sessão os estudantes saíram às ruas bradando “lutamos, resistimos, 8 mil nós impedimos” e “a luta estudantil fez baixar os 8 mil”. Os estudantes se consideram vitoriosos com os protestos. Segundo um estudante da Escola Tancredo Neves “conseguimos mobilizar a população e fazer com que toda a cidade discutisse o absurdo aumento de vereadores que eles tentaram dar a si mesmos”.
“Acredito que os estudantes saem fortalecidos, pois a população viu que nosso movimento foi justo. Mesmo com ataques mentirosos de alguns pseudojornalistas daqui, que têm rabo preso até com político foragido, conseguimos apontar o caminho para o povo, que só com luta, mobilização e manifestação podemos conseguir alguma coisa nesse país” completou um estudante da escola Maria Rabelo. “Considero um absurdo todo o aparato militar como se fossemos bandidos. É assim que tratam o povo. Que democracia é essa? Existe?”, desabafa um estudante de Engenharia Florestal da UNIR.
Um professor da Escola Priscila Chagas complementou “isso sim que é cidadania e participação da vida política. Estes alunos estão nos dando uma aula. Aliás, alguns andam dizendo que lugar deles é na escola. Ora, a escola deve formar para a vida e o nosso Projeto Político Pedagógico prevê isso, que formemos estudantes conscientes capazes de transformar a realidade. Tem ‘jornalista’ e diretor por aí que acha que a escola ainda está sob regime militar... talvez defendam até o uso da palmatória”, desabafa.
“Fizemos nosso papel e unimos os estudantes de muitas escolas nesta luta. Mais do que isso, agora é fortalecer o movimento estudantil nas escolas para que possamos nos somar à luta dos professores e exigir do Estado uma educação pública de qualidade. Não pararemos por aqui e continuaremos lutando e unificando todos os estudantes. Nossa luta contra a farsa eleitoral continua!”, avalia uma estudante da Escola Cândido Portinari.
O manifesto em frente à câmara e a passeata reuniu estudantes das escolas Tancredo Neves, Cândido Portinari, Maria Rabelo; da UNIR e de faculdades particulares. Estiveram presentes também professores da rede pública estadual, municipal e da UNIR. “Nossa luta é uma só. Neste sentido convidamos a todos os estudantes e a população em geral para se somar a mais uma manifestação no dia 7 de setembro. Vamos unificar a luta dos professores da UNIR que já se encontram em mais de 100 dias em greve, dos estudantes universitários e secundaristas que defendem a qualidade na educação pública. É hora de aumentar o protesto popular e ao mesmo tempo pensar se temos o que comemorar no 7 de setembro”, conclui o presidente do Centro Acadêmico de História da UNIR, do campus de Rolim de Moura.
Fonte: Monclate
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