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História

Aos 104 anos, Armando é uma alegre testemunha da história de Porto Velho

Ex-ferroviário começou a trabalhar na ferrovia Madeira Mamoré em 1949


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Aos 104 anos, o ex-ferroviário José Armando de Oliveira testemunhou grande parte da história de Porto Velho, cidade que ele escolheu para trabalhar e constituir família. “É um homem honrado, um referencial de luta e trabalho que precisamos reconhecer”, defende Altair Santos, o Tatá, diretor de Patrimônio Cultural da Fundação Cultural de Porto Velho (Funcultural).

José Armando nasceu na Bahia e chegou a Porto Velho quando o município pertencia ao estado do Amazonas. Trabalhou na Estrada de Ferro Madeira Mamoré, depois de ter laborado como soldado da borracha nos seringais da região.

Na ferrovia ocupou diversas funções e inscreveu seu nome num dos episódios mais importantes da história regional. Nos galpões trabalhou na carpintaria, ferragem e fundição. “Entrei como ajudante e saí como mestre de oficina”, diz com orgulho.

Mesmo aos 104 anos se mantém lúcido e animado. Caminha até a padaria que fica perto de sua casa para comprar pães quentinhos.

Na memória do ex-ferroviário estão as lembranças do tempo em que a cidade era formada apenas por ruas empoeiradas. “A maioria das casas era feita de madeira e coberta de palhas. Cobertura com telhas só havia nas casas do bairro Caiari”, recorda.

Para ele a receita da longevidade é estar sempre em atividadePara ele a receita da longevidade é estar sempre em atividadeA receita da longevidade ele conta para qualquer um: estar sempre em atividade e andando de bicicleta. “Me sinto um homem realizado e feliz. Amo meus filhos, netos e bisnetos”, afirma. Viúvo duas vezes e pai de três filhos, Armando tem sete netos e três bisnetos.

Para a filha caçula, a enfermeira Marinice Campelo Monteiro, José Armando é um exemplo de vida, homem batalhador, alegre, de muita confiança em Deus e sempre atento aos assuntos da atualidade.

“O projeto mais recente dele é a construção de uma horta suspensa. Já fez as bases e o caixote. Agora só faltam a terra e as sementes”, conta

O diretor da Funcultural diz que, por tudo o que fez, é justo que o poder público reconheça José Armando como cidadão que tem um histórico grandioso e uma longevidade exemplar. “Que isto seja registrado para a posteridade, para que todos saibam que este cidadão, de forma honrada e honesta fez parte do crescimento do desenvolvimento da nossa cidade”, pontuou.

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