Segunda-feira, 24 de agosto de 2020 - 09h42
Na pandemia, houve o triste
aumento de casos de violência contra a mulher. Devemos reforçar que violência é
qualquer tipo de agressão, seja ela física, psicológica, sexual, patrimonial ou
moral e deve ser combatida.
Alguns fatores como o aumento
do consumo de álcool e drogas, problemas financeiros e com a saúde mental,
podem ser gatilhos para revelar indivíduos agressivos ou expor mais o lado
violento da pessoa. Temos que levar em consideração que o indivíduo não se
tornou violento ou agressor durante a pandemia. A violência é um comportamento
aprendido em casa ou na sociedade.
Muitos acreditam que no período
pós-pandemia as agressões vão diminuir, caso isso ocorra, a queda não
corresponde à realidade. Em lares que ocorrem essas agressões, as relações e os
laços familiares já apresentam fragilidades, muitas vezes por conta de
históricos de violência verbal e até física.
Para combater é importante dar
voz e credibilidade a vítima. Muitas vezes, ela fica desacreditada, pois parte
dos agressores são sociáveis, bons amigos e prestativos. Isso faz com que
estejam acima de suspeitas, mas em seu lar são opressores, violentos e
agressores. Também é importante que vizinhos não se calem ao perceber algo,
porque a vítima, em geral, sente vergonha ou medo de buscar ajuda.
Alguns serviços acessíveis são
a DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) com atendimento
voltado para demanda da violência doméstica, dando o suporte e encaminhando a
vítima para a rede de apoio, também às medidas protetivas e aos abrigos
sigilosos. Além disso, tem a campanha “sinal vermelho”, que a mulher pode
receber auxílio em farmácias imediatamente ao exibir um “X” na mão.
No artigo 35 da Lei nº
11.340/06 prevê que a União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios
poderão criar e promover, no limite de suas competências, centros de educação e
de reabilitação para os agressores; e o artigo 45 estabelece que nos casos de
violência doméstica contra a mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento
obrigatório do agressor aos programas de recuperação e reeducação. Para casos
urgentes, existem o Disque 180, da Central de Atendimento à Mulher em Situação
de Violência, e o 190, da Polícia Militar.
Dedico parte do meu tempo
divulgando esses serviços em minhas redes sociais, sendo voluntária do Projeto
Justiceiras, acolhendo, auxiliando, empoderando e fazendo com que essa vítima
perceba que pode estar em situação de violência. Para combater a violência
precisamos de uma rede de apoio, com medidas e ações educacionais, sociais e
jurídicas. Denuncie qualquer tipo de violência contra a mulher.
(*) Alessandra Augusto é formada em Psicologia, Palestrante, Pós-Graduada em
Terapia Sistêmica e Pós-Graduanda em Terapia Cognitiva Comportamental e em
Neuropsicopedagogia. É a autora do capítulo “Como um familiar ou amigo pode
ajudar?” do livro “É possível sonhar. O Câncer não é maior que você.
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