Leilão de energia eólica será em novembro

Será realizado em novembro deste ano o primeiro leilão de energia eólica no Brasil. A decisão saiu da Carta dos Ventos, documento final do Fórum Nacional Eólico, realizado semana passada em Natal (RN). De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Julio Bueno, a estimativa é que o potencial eólico brasileiro seja de 143 mil MW, sem considerar a zona marítima.

"O Brasil podia ser neste momento, se todo o potencial fosse empregado, iluminado completamente por energia eólica. E, na verdade, a energia eólica representa menos de meio por centro da matriz energética brasileira. Então, precisamos fazer um esforço para gerar mais energia eólica", afirma Bueno.

Atualmente, o governo federal permite a importação de equipamentos para usinas eólicas e cobra uma taxa de 14%de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Bueno diz que a taxação não é o ideal, mas o necessário no momento. Os secretários estaduais de energia defendem que os equipamentos para geração de energia eólica não paguem imposto, nem interno, nem externo. Se você quer uma gerar uma energia limpa, não cobra imposto que, na verdade, é um detalhe, porque o imposto importante incide sobre a geração de eletricidade, diz.

Segundo Bueno, em relação ao leilão de novembro, há um debate interessante. "Neste momento, estamos defendendo que a energia eólica seja um páreo próprio. Ou seja, que ela não dispute com ninguém, fazendo um leilão só de energia eólica. Mas daqui a algum tempo, ela terá de disputar com outros fontes. Esse é o marco regulatório", explica.

Energia e Meio Ambiente, com informações da Agência Brasil