Terça-feira, 16 de junho de 2009 - 09h00
A formação de consórcios para Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Pará, está sendo costurada há algum tempo. A preocupação do governo é que empresas como CPFL, Tractebel (controlada pela Suez), Neoenergia e indústrias - que produzem energia para consumo próprio- é que elas entrem juntas no leilão devido à dimensão do empreendimento. Mesmo dividindo entre si a geração total, cada uma ficaria com fatia considerável da produção de energia. Uma outra preocupação é a possibilidade de a Odebrecht e a Camargo Correia participarem juntas da licitação.
Rivais nos leilões do rio Madeira, as duas construtoras trabalharam em parceria no desenvolvimento dos estudos de engenharia de Belo Monte, com a participação também da Andrade Gutierrez. Nos bastidores, o governo já começa a trabalhar para separá-las na licitação, temendo que a união das construtoras dificulte a formação de mais consórcios.
O Ministério de Minas e Energia quer evitar essa situação e pretende usar a Eletrobrás na criação de pelo menos dois consórcios. Depois da experiência do Madeira, o presidente da estatal, José Antônio Muniz, preferia ver as subsidiárias do grupo atuando juntas. No leilão de Santo Antônio, Furnas ficou ao lado da Odebrecht; a Eletrosul entrou com a Suez; e a Chesf juntou-se à Camargo Corrêa e à CPFL. Tudo indica que o desejo de Muniz não prevalecerá na próxima disputa.
O governo avalia dois cenários para a Eletrobrás: sua entrada como sócia estratégica no grupo vencedor, colaborando com os investimentos em troca de participação acionária no projeto, ou a atuação de suas subsidiárias em consórcios diferentes (da mesma forma que no Madeira). A escolha será feita de acordo com o desenho que a participação do setor privado for tomando. Há disposição até em colocar a Eletrobrás como líder em um dos consórcios, se isso for preciso para elevar a competição e viabilizar a disputa entre dois grupos.
Energia e Meio Ambiente, com informações do Jornal Valor Econômico/RJ
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