Terça-feira, 1 de abril de 2025 - 09h17

Com as passagens aéreas no Brasil subindo, em média, 118%,
quem mais sofre é a Região Norte, onde os aumentos de tarifas alcançam até
328%, em grande parte devido à concentração do sistema aéreo brasileiro, à
pouca concorrência e ao alto custo operacional.
A discrepância foi um dos principais temas do evento
“Desafios da Aviação Regional e os Impactos para o Desenvolvimento do País”,
realizado na semana passada na Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC), em Brasília.
O presidente da Fecomércio-RO e vice-presidente da CNC,
Raniery Araujo Coelho, participou da discussão e ressaltou que a carestia das
passagens aéreas tem impactado fortemente a atividade turística na região
amazônica, prejudicando a economia.
“Temos realizado um trabalho ao lado do governo de Rondônia
e das prefeituras no turismo, mas o preço das passagens representa um gargalo
enorme para o setor. A questão do caos aéreo tem sido um entrave para o nosso
desenvolvimento turístico”, ressaltou o presidente.
O evento reuniu parlamentares, representantes do setor
aéreo, ministros e dirigentes regionais para debater propostas de curto e médio
prazo. Ao final, foi anunciada a formação de um grupo de trabalho com
participação da CNC, ANAC, do Congresso Nacional e do trade turístico para
buscar soluções conjuntas.
Segundo o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José
Roberto Tadros, a aviação regional deve ser tratada como uma ferramenta
essencial de integração nacional, e não como um serviço de luxo, já que, em muitos
trechos do país, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, não há
alternativas viárias seguras ou viáveis.
“Não temos rodovias em muitos trechos, e as que existem
estão em péssimo estado. A aviação regional é, muitas vezes, a única via de
acesso. A aviação regional não pode ser luxo; ela precisa ser tratada como uma
questão de integração nacional. Por isso, o Brasil não pode continuar
dependendo de duas ou três empresas.”
Tadros também demonstrou preocupação com a possível fusão
entre as companhias Azul e Gol, o que poderia agravar ainda mais o cenário de
concentração. “Corremos o risco de ter somente duas companhias operando em todo
o território. Isso é insustentável”, completou.
Análise
Segundo o levantamento da CNC, no Nordeste, a elevação das
passagens aéreas é de 134% e, no Centro-Oeste, de 130%, com dados de 2025.
A análise da CNC aponta que apenas três companhias aéreas
dominam 99,8% do mercado nacional, o que reduz drasticamente a concorrência.
O presidente Raniery Araujo Coelho tem sido uma voz ativa
constante pelo aumento dos campos de pouso e da aviação regional, tendo,
inclusive, levado o assunto à discussão em Boa Vista, Roraima, durante a 32ª
edição do Fórum de Presidentes de Federações do Comércio da Amazônia Legal.
Raniery Coelho alertou sobre a necessidade urgente de
solução para a questão aérea da região e reclamou: “A concentração de um
mercado essencial para a Amazônia tem que ter uma solução, pois não podemos
prescindir do transporte aéreo, tanto que a demanda continua forte, mesmo com o
aumento dos preços. Isso demonstra o quanto a aviação é
essencial ao país.”
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