Sexta-feira, 27 de março de 2020 - 10h33

Há, hoje, no ambiente
político brasileiro uma terrível (e preocupante) falta de diálogo e de
moderação. O próprio presidente Bolsonaro, que manifestou, corretamente, seu
desacordo com a paralisação total da economia, no mesmo discurso, atacou, sem
necessidade, os governadores, o que, obviamente, criou uma polarização
desnecessária sobre um dado econômico incontestável: a suspensão das atividades
de serviços e de quase todo o comércio é motivo sim de imensos problemas.
Especialistas em Economia que já se manifestaram afirmam que, só com o tempo em
que ficamos sem atividade econômica a depressão será maior do que a da crise de
2008. Também não foi um espetáculo digno de se ver, na reunião dos
governadores, o governador de São Paulo, Doria, foi, visivelmente, crítico ao
presidente e recebeu de volta, como é o estilo de Bolsonaro, uma resposta rude
e descortês. Descortesia contra descortesia, aliás, num momento em que havia
necessidade de encontrar formas de cooperação. Entretanto, não se pode deixar
de ter em mente que, no enfrentamento ao Covid-19, a responsabilidade última é
de Bolsonaro. O próprio governo de São Paulo, por meio da justiça, conseguiu o
adiamento dos pagamentos de sua dívida com a União por seis meses utilizando o
pretexto da pandemia. O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, por
exemplo, pede que a União repasse dinheiro para o estado, de vez que não teria
como pagar sua folha depois de maio. E o Brasil não é o Reino Unido nem os
Estados Unidos. Sua situação fiscal e financeira já era deficitária. Como
ficará com a economia parada e sem arrecadar impostos? Quando Bolsonaro quer a
volta da atividade econômica, de fato, está pensando em 38 milhões de
brasileiros que não tem renda sem trabalho, nos problemas de falência das
empresas e no aumento enorme do desemprego. Antevê que, com a economia parada,
podemos ter o caos, com as pessoas desesperadas fazendo saques e, inclusive,
daqui a pouco, nem o governo federal tendo como pagar seus funcionários. Esta é
uma realidade cruel e possível daqui a pouco. Por esta razão, aliás, o governador Marcos Rocha liberou da quarentena, em novo decreto, as lotéricas; os
serviços funerários; os laboratórios de análises clínicas; o comércio de
produtos agropecuários; Pet shops; Obras e serviços de engenharia; Hotéis e
hospedarias; Escritórios de contabilidade; Materiais de construções e restaurantes
à margem das rodovias. É uma forma de diminuir os danos econômicos. Também o
prefeito de Porto Velho (RO), Hildon Chaves (PSDB) apresentou as medidas para
conter os impactos econômicos prorrogando por 90 dias o vencimento do ISS, o
IPTU e a taxa de lixo para 60 dias, pedidos de Alvarás do setor hoteleiro para
30 dias, certidões negativas para 90 dias, alvarás da vigilância sanitária e
ambiental para 60 dias. São medidas que merecem elogios, mas, não resolve ainda
os problemas das pessoas que não tem renda. A paralisação da economia é um sim
um grave problema com repercussões econômicas muito profundas e seus efeitos
não podem ser desprezados. Temos, é ponto pacífico, de cuidar do coronavírus,
mas, não podemos, para isto, desorganizar o sistema econômico, falir empresas,
desempregar pessoas, deixar pessoas em quarentena sem ter o que comer. O
momento é de pensar em soluções e buscar caminhos e não de alimentar a fogueira
das vaidades.
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