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Economia - Nacional

Só com reformas estruturais Brasil pode superar crise, sugere especialista



Alana Gandra
Agência Brasil

Rio de Janeiro - Vencer a crise internacional é o maior desafio que se impõe no momento ao setor industrial brasileiro, disse, em entrevista à Agência Brasil, o chefe da Divisão de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Patrick Carvalho.

Medidas de curto prazo já foram tomadas, mas o economista alertou que para melhorar o ambiente de negócios são necessárias medidas que garantam a atração de investimentos para o país e a melhoria da infra-estrutura física e legal brasileira.

“Isso, na verdade, se traduz em reformas estruturais. Somente por meio das reformas estruturais, o Brasil poderá melhorar e se fortalecer diante do desafio que é a crise mundial, que está afetando o crédito. E este acaba afetando a demanda. São duas vias de impacto muito forte sobre a indústria. E isso acaba penalizando o desenvolvimento de toda a economia brasileira”, afirmou.

Entre as várias medidas a serem tomadas pelo governo contra a crise, Patrick  Carvalho priorizou a redução da carga tributária e a diminuição dos juros.  A reforma tributária é fundamental, enfatizou. “É uma estrutura tributária complexa, cara e alta.  Nós temos muito que avançar nesse sentido”. Outra reforma estrutural que o Sistema Firjan considera que deve ser retomada, diante dos problemas que pode acarretar no futuro, é a da previdência,  acrescentou. 

Uma terceira questão a ser atacada pelo governo diz respeito à reforma trabalhista. “As leis trabalhistas engessam as relações no mercado de trabalho e acabam prejudicando o beneficiário, que é o trabalhador”.

Carvalho sugeriu  também que o governo corte gastos. “O governo gasta muito em termos de custeio e de pessoal e pouco em infra-estrutura. A gente percebe que o  governo federal arrecada praticamente um quinto do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em impostos e retorna em termos de investimento menos de 1%. Há um descasamento muito grande. Isso tem que ser repensado porque, para haver crescimento, tem que ter investimento. Não há como dissociar um do outro”. O PIB é a soma dos bens e serviços produzidos no país.

 

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