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Economia - Nacional

Pequenos negócios iniciam 2008 em ritmo acelerado


No embalo do crescimento econômico em 2007, os pequenos empresários conseguiram o que poucos consideravam provável até os primeiros meses do ano. Não só o ritmo dos negócios nesse segmento deve fechar o ano em alta, como as companhias têm tudo para recuperar a perda verificada em 2006, noticiou o jornal Valor Economico.

Segundo análise preliminar do Sebrae de São Paulo, a receita dos pequenos empreendimentos paulistas deve crescer 4% em relação ao ano anterior, o que tornará o período o melhor dos últimos cinco anos. Se a previsão for confirmada, as micro e pequenas empresas podem respirar aliviadas. Será recuperada a perda de 3,5% na receita verificada no ano passado. "Conseguimos reverter essa queda e ainda fecharemos o ano com leve expansão. Isso é muito bom", diz Ricardo Tortorella, diretor superintendente da entidade.

Na análise de entidades e especialistas ouvidos, há espaço para que se inicie, a partir de 2007, um processo de consolidação de resultados positivos nos próximos anos. A expectativa é que um movimento mais duradouro de crescimento acabe surgindo, mas sem que isso aconteça por meio de expansões muito aceleradas, na casa de dois dígitos, por exemplo.

A tendência é que o crescimento ocorra a taxas próximas ao Produto Interno Bruto. Essa avaliação de representantes do setor, como Sebrae e Simpi, o sindicato da micro indústria, baseia-se em alguns indicadores já anunciados pelo mercado. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com 810 pequenas companhias, o índice de confiança das pequenas empresas na economia ficou em 58,7 pontos em outubro - cinco pontos acima do verificado no mesmo período do ano passado. Entre as de médio porte, o número foi de 59,7 pontos no mesmo período, ante 55,6 em outubro de 2006. A maioria desses empresários ouvidos crê numa expansão próxima à variação do PIB nacional.

Além disso, a estabilidade no nível de confiança desse empresário, que se mantém no mesmo patamar desde o início do ano, sugere uma manutenção no ritmo de expansão da pequena indústria, segundo o Departamento de Economia da CNI. "O ano de 2007 tem potencial para ser o estopim de um processo de recuperação mais duradouro para o setor", afirma Tortorella. Há outro indicador que mostra que os bons ventos da expansão econômica acabam criando uma espécie de efeito dominó nas companhias menores. Por exemplo, o rendimento real dos empregados teve alta de 2,9% em outubro em relação ao mesmo período do ano passado, relata o Sebrae. No acumulado de 12 meses, até setembro, o rendimento cresceu 4,9% para esses trabalhadores nas empresas micro e pequenas no país, de acordo com o IBGE. O aumento, no entanto, não convence totalmente os especialistas. Isso porque o nível de pessoal ocupado no setor, outro importante termômetro, não caminha na mesma direção. Esse índice caiu 2,4% na comparação entre os meses de outubro de 2006 e de 2007. Com essa retração, existem 4,7 milhões de pessoas (4,3 por empresa) trabalhando em pequenos empreendimentos na capital, região metropolitana de São Paulo, ABC paulista e interior. Na avaliação de Altair Assumpção, superintendente executivo de middle market do Banco Real, os dados publicados pelo mercado precisam ser analisados com cautela. Para ele, há setores inseridos no segmento de micro e pequenas empresas que registram crescimento acelerado, enquanto outros ainda patinam. E isso pode se refletir em ganhos salariais nem sempre tão gordos de forma geral. "Sem dúvida, esse foi o melhor ano da história recente do segmento, e caso não aconteçam crises externas, temos tudo para repetir a dose em 2008", diz ele. "Mas isso precisa ser analisado de forma cuidadosa, já que há alguns ramos que verificaram esse aquecimento mais rapidamente, e outros não", completa. Por exemplo, as empresas que prestam serviço para o setor de infra-estrutura tendem a sentir os reflexos do aumento nos pedidos e contratos de forma mais lenta, ao contrário do que ocorre com a cadeia produtiva do petróleo.
 
Fonte: Jornal Valor Economico

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