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Economia - Nacional

A crise não será um processo indolor, mas Brasil crescerá acima da média mundial


 

Alana Gandra
Agência Brasil

Rio de Janeiro - Apesar da  solidez dos fundamentos da economia brasileira, “não vai ser um processo indolor” passar pela atual crise financeira internacional. O Brasil vai  experimentar uma desaceleração do crescimento. A mensagem é do pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao falar  hoje (22) no 2º Encontro Empresarial Brasil-União Européia, no Rio de Janeiro. Henrique Meirelles.

Henrique Meirelles reafirmou, entretanto,  que o país terá um desempenho melhor do que a média mundial. “Acreditamos que de fato o Brasil tem condições de crescer hoje acima da média mundial nesse período e sair dessa crise inclusive em condições  reforçadas, relativamente a outras regiões”, disse.

As medidas “prudenciais” adotadas pelo governo deram  condições ao país para enfrentar a crise de modo satisfatório.  Meirelles  apontou o comportamento da ceconomia  nos últmos para justificar sua crença. O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país, entre 1999 e 2003 era de 1,9% ao ano e se elevou para 5% ao ano entre 2004 e 2008, dentro de um processo  de crescimento sustentado.

No 3º trimestre deste ano, a expansão do PIB foi de 6,8%. “A nossa expectativa é que o Brasil cresça acima da média mundial já no ano de  2009”, disse ele ao lembrar que  nos últimos dez anos, o crescimento do PIB foi de 2,8% ao ano.

Meirelles  disse aos empresários que as previsões do mercado para o  PIB em 2009 são de 2,5% ,  do Fundo Monetário Internacional de  3% e o governo  trabalha com a perspectiva de expansão do PIB de 4% , como afirmou pela manhã o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já o próprio Bacen, em seu relatório trimestral de inflação, divulgado hoje, indica um crescimento do PIB de 3,2%. “Vamos  aguardar o que será a evolução das diversas medidas tomadas pelo governo no sentido do crescimento”, sugeriu Meirelles.

O presidente do BC apontou uma  pesquisa de opinião onde 68% dos  3,5 mil entrevistadas apostavam que o Brasil  não sentirá impactos da crise internacional ou será pouco afetado.  Em torno de 60% dos consultados acreditam, inclusive, que a situação vai melhorar no país e 76% não desistiram de comprar nenhum produto.

O crescimento econômico nos últimos anos, em especial a partir de 2005, segundo Meirelles, foi impulsionado principalmente pela ampliação da massa salarial, que apresentou ganhos  acima da inflação de 6,3% em 2007 e no acmulado deste ano, até outubro,  de 8,3%.

Até outubro deste ano, foram criados no  2,148 milhões de novos postos de trabalho formais. Em conseqüência, a taxa de desemprego no período  é a menor da série, alcançando 7,5%, salientou.  Os dados  mostram que a economia  entrou na crise  com uma demanda doméstica forte, observou o presidente do BC.

O consumo das famílias segue uma tendência crescente desde 2003, tendo atingido no terceiro trimestre deste ano alta de 7,3%. O crescimento anual do consumo das famílias , que era de 1,2% entre 1999 e 2003, se elevou para 5% entre 2004 e 2008, contribuindo para  acelerar as vendas no varejo.

“Não há dúvida de que o Brasil entra nessa crise mais forte do que entrava no passado em crises anteriores, pela força da economia brasileira no que diz respeito a condições financeiras”.

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