Sexta-feira, 13 de outubro de 2023 - 14h10
Depois de uma pesquisa de cinco anos, o poeta e escritor cearense
natural de Brejo Santo, Hérlon Fernandes Gomes, lança seu primeiro romance
“Paiol de Pólvora” na Mostra de Cultura de Talentos do TJRO, no Centro de
Memória Judiciário de Rondônia, dia 15 de novembro, em Porto Velho. Como parte
do evento, o autor fará uma exposição de suas máquinas de escrever, com modelos
até dos anos 1920.
A
história se passa na região do Cariri e aborda os conflitos e alianças entre os
coronéis, donos do poder local e os cangaceiros à frente de ataques as cidades
nordestinas, à época em que cada homem fazia as suas próprias leis. A abordagem
do autor é voltada à ficção, porém embasada em longa pesquisa em arquivos e
entrevistas com moradores sobre fatos narrados por parentes que testemunharam
os acontecimentos.
“Paiol
de Pólvora” apresenta traços e influências marcantes das obras e autores da chamada
“geração de 30” de fortes cores regionalistas, entres, “Menino de Engenho”, de
José Lins do Rego, “O Quinze”, obra inaugural da escritora cearense e primeira
mulher a se tornar imortal na Academia Brasileira de Letras (ABL), Raquel de
Queiroz e também do alagoano Graciliano Ramos, autor de obras fundamentais da
literatura brasileira, “Vidas Secas”, “São Bernardo”, “Caetés”, e tantos
outros. Vale destacar ainda a influência, mesmo mínima, do escritor colombiano
Gabriel Garcia Marques ou guardadas as devidas proporções, ao dramaturgo e
novelista Dias Gomes, ambos se utilizaram do chamado realismo mágico para
narrar fatos fantásticos dentro da narrativa realista.
A
narrativa traça um perfil muito bem escrito englobando as pendengas políticas,
as vendetas sanguinárias, os costumes da época, as crendices populares, o
misticismo e influência da Igreja Católica, principalmente a força de
religiosos como Padre Cícero Romão Batista, que causava temor e respeito até no
mais famoso e violento dos cangaceiros, Virgulo Ferreira da Silva, vulgo
“Lampião”. O estilo é conciso, o diálogo direto, quase cinematográfico,
econômico e que prende a atenção do leitor, porque por vezes parece um thriller
sertanejo com sua narrativa repleta de suspense, ação e drama.
Construído
com personagens marcantes e mesclando fatos históricos e ficção, Hérlon
Fernandes Gomes, em “Paiol de Pólvora” demonstra neste primeiro romance fôlego
e talento para novas empreitadas ao mundo da literatura, com muita substância,
rigor à pesquisa, escrita empolgante e tudo mais que um bom autor deve ter para
dar continuidade a sua obra e cativar cada mais leitores.
Sobre o autor
Hérlon
Fernandes Gomes, técnico judiciário do Tribunal de Justiça de Rondônia (JRO),
assessor de juiz, natural de Brejo Santo, no Cariri cearense. Chegou a Rondônia
em 2010. Trabalhou na comarca de Guajará-Mirim e atualmente mora e trabalha em
Porto Velho Escreveu e publicou dois livros de poesias: Geminianos (2008) e
Lúmen (2014). "Paiol de Pólvora" é sua estreia no romance aos 42 anos
de idade.
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