Quinta-feira, 26 de julho de 2012 - 11h55
Vinício Carrilho Martinez - Professor Adjunto II (Dr.)
Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Ciências Jurídicas
O cinema não leva à morte, se não quisermos matar. A arte leva à liberdade, se soubermos o que é liberdade. É neste sentido que podemos analisar as mortes ocorridas no cinema estadunidense.
Desse modo, filmes ou romances como Eu, Robô e O Homem Bicentenário, de Isaac Asimov, são lições de humanismo e nem por isso espelham a ânsia do homem comum. O preço da verdade, da liberdade não seria demasiado para o cinema, para a arte em geral. Na verdade, um preço que seria mais moderado se a inteligência social fosse menos instrumental (em alguns casos, sectária ou só coercitiva) e mais criativa.
No romance do Homem Bicentenário, o próprio robô, enquanto robô programado, ainda atado à programação típica e triunfal (como se fosse seu tipo de “razão instrumental”), também não notava de imediato que o caminho da liberdade vinha pela criação, ou seja, por sua própria total reprogramação – como se vê nesta passagem:
Em estágio semelhante a nós, humanos, o robô precisaria adquirir uma consciência e uma inteligência interativa (literária): o robô deveria se afastar do cientificismo, do positivismo mecanicista e se aproximar das humanidades.
O robô lutou para ser reconhecido como homem e em sua trajetória nos ensinou um pouco do que é preciso para vencer esse penoso e pesado processo de negações – aliás, vejamos:
O robô sagrou-se campeão na luta pela descoisificação, queria ser humano, mas um humano decente, não mais um humano que repete ações como máquina, sem intensão, coração, apenas reagindo diante das situações que exigiriam ações provocativas:
Andrew (que já era um humano mortal e não mais um simples robô infalível) nos ensinou como a arte e a luta pelo reconhecimento são infinitamente superiores à razão instrumental, seja na ciência, na política, seja nos negócios. Portanto, toda luta pelo reconhecimento é uma luta pelo enraizamento da vida.
Andrew lutou, assim como outros tantos milhões, contra a desfigurada Modernidade Tardia — Andrew foi um robô-herói. O primeiro herói da pós-modernidade ou apenas um amante do humanismo. Tanto amou a humanidade que se propôs à finitude e à morte. Mas, foi levado à morte para se sentir mais humano e não para negar a humanidade a quem quer que fosse, matando o Outro, como fez o jovem no cinema.
É certo que cada leitura fará seu leitor, leitora, encontrar respostas as mais diversas, a depender da visão de mundo, dos interesses e motivações
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