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Silvio Persivo

Uma tarde no sítio do Yamaguchi


Uma tarde no sítio do Yamaguchi - Gente de Opinião

Uma das boas coisas da vida, sem dúvida, é comer. E comer bem é um dos prazeres mais requintados que se pode ter. E, como não poderia deixar de ser, são os japoneses, com suas tradições e criatividade que nos deram o  sashimi, que significa "corpo furado", onde "刺身 = sashimi = 刺し = sashi ("perfurado", "preso") e = mi ("corpo", "carne"), que, segundo alguns, deriva da prática de fincar o rabo e a barbatana do peixe às fatias de modo a identificá-lo. Deve-se ao Miyoshi à inclusão do sashimi e do sushi no nosso estado.  Confesso que pouco sei, ao contrário de meu filho Igor Persivo, que já até trabalhou fazendo comida japonesa, como fazer. Sei, e gosto muito, é de comer. E passei, pelo menos, três décadas comendo no Restaurante Oriente, o primeiro e por muito tempo o mais importante da culinária japonesa em Porto Velho, mas só no sábado (27 de julho) foi que conheci quem criou o restaurante, que tanto gostava. porquê fui a convite do José Valdir Pereira, escritor, um dos fundadores da UNIR, no sitio do Yamaguchi, com as companhias de Lito Casara & Tunai Melo. Foi uma tarde muito especial. Em primeiro lugar porque vivemos, em universos paralelos na mesma época. Yamaguchi foi peça importante da administração municipal de Chiquilito Erse em tempos passados, teve uma participação significativa no crescimento de Porto Velho abrindo novas ruas e resolvendo problemas urbanos e, por uma questão de círculos de amizade, pouco nos encontramos no passado. Então fizemos uma espécie de reconhecimento, recobramos as memórias de quando Porto Velho somente ia até a rua Joaquim Nabuco, talvez até o mercado do Km1. Histórias & estórias (de bons pescadores) não faltaram, como o acolhimento da família aos amigos foi fantástico, com aquele zelo e amor que os orientais possuem pelos amigos. O Márcio Yamaguchi, um dos filhos que continuam no ramo de restaurantes, não nos deixou um minuto sem atenção até arranjando vinho, quando o estoque acabou. E o violão de José Valdir, o bandolim mágico de Lito Casara e a palhinha de Tunai Melo cantando fizeram a tarde maravilhosa. Yamaguchi mostrou o carinho com que trata o seu sitio, que fica na junção de dois rios, não lembro agora mais os nomes, sei que um é o Candeias e, discretamente, nos encantou com sua elegância e recepção. Nem vou falar mais da qualidade da comida que nos ofertou porque o comentário é dispensável, mas é preciso dizer que se trata de um grande empreendedor, pois no difícil ambiente de negócios do Brasil chegou a ter 200 empregados. Sei como isto não é fácil ainda mais num ramo que exige atenção constante. Para viver melhor diminuiu, ou melhor, saiu dos negócios para voltar “para o melhor lugar”- como diz a canção de José Valdir-em homenagem à Porto Velho. Os filhos, Márcio, aqui, e uma filha, lá em Saco Grande, Florianópolis, porém continuam a tradição de bem servir comida de qualidade. Esta é, como escritor, a minha forma de agradecer todo o carinho que recebemos e o prazer de termos compartilhado bons momentos. Meu preito a Yamaguchi e família, que deve ter muito orgulho de seu patriarca, uma grande personalidade de nosso Estado. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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