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Sergio Pires

Primeira Mão - 27/01/11


Primeira Mão - 27/01/11    - Gente de Opinião

A LEI FICHA LIMPA ESTÁ AINDA VALENDO

OU FOI APENAS MAIS UM JOGO DE CENA?

Alguém aí pode afirmar, com segurança, se a Lei da Ficha Limpa ainda está valendo? Ou se foi só um jogo de cena para influir no resultado das eleições do ano passado? Alguém aí sabe dizer qual a verdadeira posição dos ministros do Superior Tribunal Federal, nossa Corte Suprema, sobre o assunto? Qual decisão está valendo? A que foi contra a Constituição e aceitou a pressão popular, considerando que a Lei Ficha Limpa já valeria para 2010 ou a que tem dado liminares a políticos que conseguiram manter seus mandatos ou chegar neles, mesmo estando incursos na polêmica Lei? A última sobre o assunto é o recurso do senador eleito pelo Amapá, João Capiberibe, que quer que a “Ficha Limpa” seja anulada e que ele seja empossado, já que teve 130 mil votos e foi o campeão em seu Estado. Está impossibilitado de assumir exatamente por foi cassado em 2004 por compra de votos e estaria inelegível. Como a coisa virou uma espécie de samba do crioulo doido, em que não se entende o que realmente vale (aliás, parece que nem os ministros do Supremo sabem exatamente em que pé a situação da Lei se encontra), Capiberibe quer assumir na próxima terça-feira.

O Brasil é assim mesmo. Vai-se levando as coisas nas coxas, mexe-se nas leis em função de pressões ou eventos que mobilizam o país, estupra-se a Constituição para agradar a opinião pública; algumas leis valem para alguns, outras não valem  para ninguém, outras valem de acordo com a situação e a cara do sujeito. É a casa dos políticos como Paulo Maluf, o maior ficha limpa do planeta: é o Brasil do Tiririca e de tribunais que adoram os rituais do poder, mas que, na hora de decidir mesmo, ficam em cima do muro. “Lavandio as mãoses cumo o Laizairo”, como diria o seu Creysson (foto), um brasileiro mais que real. 

 

EM CIMA DAHORA

Nesta quinta e sexta – e no restante do final de semana -  não se encontrará deputados em Porto Velho. Todos estão no interior ou curtindo seus últimos dias de férias. Todos que tomarão posse na próxima terça, dia 1º, só chegam mesmo na Capital poucas horas antes da solenidade. Não se espera surpresa e Valter Araújo deve ser mesmo o novo presidente da Casa.

 

FELIZARDO

Depois da eleição do novo presidente e da Mesa Diretora da Assembléia, o próximo embate político será a escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas, aquele cargo vitalício que todo o político adora. Vários nomes estão cotados. O governador Confúcio Moura é quem vai escolher o felizardo.

 

A LISTA CRESCE

Passada mais essa etapa, tudo começa a girar em torno da disputa pelas Prefeituras Municipais. Em Porto Velho, por exemplo, já se enumera pelo menos uma dezena de possíveis pretendentes à cadeira de Roberto Sobrinho. E a lista só cresce. Cai aumentar ainda mais até meados do início de 2012.

 

NOMES NÃO FALTAM

Alguns dos que estão aptos ao posto na Capital e que, se a eleição fosse hoje, estariam “afiados” para entrar na briga: Valter Araújo, Zequinha Araújo, José Hermínio, Epifânia Barbosa, David Chiquilito, Emerson Castro, Fátima Cleide, Eduardo Valverde, Isarael Xavier, João Cahulla, Ivo Cassol...E por aí vai!

 

ARCO IMBATÍVEL?

Em Ji-Paraná, segundo maior cidade do Estado, já há pelo menos um nome quentíssimo para disputar a Prefeitura. Trata-se do deputado Jesualdo Pires, que pode armar, em torno do seu nome, um arco imbatível de alianças políticos. Por enquanto, não apareceu nenhum outro pretendente do mesmo porte para a corrida por Ji-Paraná.

 

PÉ NAS COSTAS

Em Ouro Preto, se não acontecer alguma zebra, o grande favorito é o atual prefeito Alex Testoni. Forças adversárias estão tentando se mobilizar, mas se a eleição fosse agora, Testoni levaria com um pé nas costas. Daqui a um ano, contudo, não se sabe como poderá estar o quadro, que tem outros nomes de peso sonhando com a Prefeitura.

 

INFLAÇÃO

O ano está começando, ainda cheio de feriados e previsões de mais festa em fevereiro e março e o Brasil ainda não começou a encarar a realidade. Na economia, por exemplo. O aumento de preços de vários produtos é visível e há riscos sim de que a inflação volte, se não houver reação imediata. O rondoniense já sente no bolso os preços mais altos, alguns com índices abusivos.

 

NA CONTRAMÃO

A balança comercial também corre riscos. Ainda temos superávit, mas as exportações nacionais estão chegando praticamente a um empate financeiro com as importações. Pior: temos exportado cada vez matéria prima. A madeira da Amazônia, por exemplo, é industrializada lá fora e depois volta para cá, a preços absurdos. Estamos na contramão...

 

“É DANDO QUE SE RECEBE”

Desde o tempo do Império que vale a máxima do “é dando que se recebe”. Os detentores do poder negociam e favorecem seus apaniguados para se manter no controle. Igualdade para todos, no Brasil, é somente no papel. Na prática, as castas poderosas se unem para deixar como está. Essa triste verdade é, a cada dia, mais incontestável.

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Fonte: Sergio Pires  - ibanezpvh@yahoo.com.br
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