Domingo, 24 de outubro de 2010 - 08h53
QUEM SE PREOCUPA (DE VERDADE E NÃO
SÓ NO DISCURSO) COM NOSSA CRIANÇAS?
Há algo de muito podre, entre tantas coisas putrefatas, dentro da legislação brasileira. Ao invés de serem protegidas, por incompetência, ineficácia, burocracia exacerbada e falta de comando das chamadas autoridades competentes, as crianças passaram a ser utilizadas por criminosos de maior idade para realizar uma série de crimes. Impunes, voltam às ruas pouco depois de detidas e, obviamente, obrigados por aqueles que lhes ensinam o caminho da tragédia e lhe dão guarida – porque o Estado não lhes dá nada – esses menores fazem o primeiro grau, o segundo grau e cursam, nas ruas, a faculdade do crime e da violência. Não têm futuro. Não são tratados como gente, mas sim como um tipo de bicho treinado para executar o mal, que, na verdade, os pequenos muitas vezes não sabem nem discernir, já que não lhes deram a oportunidade de conhecer o bem. Nessa semana, um menino de 12 anos foi pego em Jundiaí, interior de São Paulo, comandando a venda de crack nas ruas. Doze anos! Em Porto Velho, um garoto de 11 anos é treinado para assaltar e roubar. Quando pego, começa a gritar que a sua vítima tentou estuprá-lo. Tudo orientado por maiores, que coordenam as ações, que usam as crianças para cometer todo o tipo de delito. E que as esperam, perto das delegacias e dos centros de menores, quando elas saem novamente, para dar-lhes nova missão.
Enquanto isso, a grande briga nos conselhos tutelares é pela eleição dos conselheiros. Não há ações práticas, não há ações de proteção reais. Há discurso vazio, burocracia, a máquina estatal, sempre enguiçada e inoperante, arrumando cargos remunerados para alguns, enquanto as crianças são trucidadas – não só fisicamente, mas psicologicamente também – pelas ruas das cidades. Desde que o irreal Estatuto da Criança e do Adolescente, feito para a Suécia e que tentam dizer que é aplicável no Brasil, foi criado, a situação dos menores só piorou. E da população também, porque está à mercê deles e de seus algozes.
UMA SEMANA
No próximo domingo, decide-se tudo. Sábado já termina a campanha e o que vai acontecer no dia 31 é a realidade. Não terá mais debate, nem comício, nem troca de acusações, nem corrida ao voto. Tudo será decidido quando as urnas eletrônicas começarem a expelir seus resultados. Falta só uma semana.
NO ESTADO
Embora alguns mais apaixonados e afoitos estejam comemorando a vitória de Confúcio Moura, não se pode subestimar João Cahulla, Ivo Cassol e sua turma. Os governistas garantem que viraram o jogo em várias cidades nos últimos dias. A coluna não dá palpite. Analisa o que ouve, vê e lê. A disputa está acirrada e longe de ser moleza para um ou outro lado. Os dois candidatos sabem disso.
PRESIDÊNCIA
Na corrida presidencial, embora as pesquisas estejam apontando favoritismo de Dilma Rousseff, na verdade a situação está longe de estar definida. Em Rondônia, ao que tudo indica, Serra repete e o primeiro turno e fica na frente. Em nível nacional, a maioria silenciosa, que as pesquisas ignoram, pode tender para um ou outro lado. Também é eleição de difícil prognóstico.
RELIGIOSOS
Tem razão o presidente da subseção da OAB rondoniense, Hélio Viera, ao dizer, em entrevista à TV Candelária, que o grande debate da campanha presidencial (mas também em Rondônia) envolve religião. A questão do aborto e outros assuntos ligados tanto a católico como evangélicos – chegando até a conversas sobre pais de santo da Umbanda – passaram a ser mais importantes do que os reais problemas que todos enfrentamos.
COINCIDÊNCIA
Claro que foi apenas coincidência, mas deve-se registrar por questão de justiça. No dia seguinte em que se criticou nessa coluna a falta de abordagem em um tema de grande importância para o país – a questão das pessoas que têm algum tipo de deficiência – o programa político do candidato José Serra tratou do assunto. Dando a ele, aliás, um destaque especial.
RECADO IMPORTANTE
È importante, decide o futuro de muita gente e do próprio Estado, mas é apenas mais uma eleição. Portanto, os partidários das duas coligações que disputam o comando do poder em Rondônia devem ter isso muito presente, na reta final da campanha. Há limites para a paixão política. E é bom lembrar que a Justiça Eleitoral está alerta. Todos precisam dar duro, mas estritamente dentro da lei. Deu prá entender?
ATÉ NO FERIADÃO
Terminada a eleição, escolhido o governador e, já dentro do feriadão de Finados, as articulações políticas vão esquentar, pela disputa da Presidência e composição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa. Já há grupos formados e candidaturas fortes. Terá mais chances quem estiver ao lado do governador eleito.
CANDIDATURAS
As articulações já andam a mil. Há nomes entre os parlamentares recém eleitos que já sonham com o comando do legislativo. Pelo menos três dos 14 que chegam querem o cargo. Entre os que se reelegeram, outros três também vão postular. A partir da semana que vem, começa prá valer a corrida pela chefia do Poder Legislativo.
Fonte: Sergio Pires - [email protected]
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