Primeira Mão - 08/04/10

PREPARAREMOS MAIS CAIXÕES 
PARA O PRÓXIMO FERIADO

Não há o que comemorar mais nos feriadões brasileiros. A cada um deles, a carnificina nas estradas é maior, a violência mais ampla, as tragédias mais assustadoras. Desrespeito total às leis básicas; velocidade excessiva, bêbados ao volante, crianças sem cinto no banco da frente e ainda estradas horrorosas resumem as causas que tiram a vida de dezenas de brasileiros a cada final de semana prolongado. Nesta Páscoa, mesmo com todos os avisos, todas as campanhas, todas as súplicas das autoridades, nada adiantou. Em apenas três dias morreram 114 pessoas, 34% a mais que no mesmo período de 2009. Foram mais de 2.300 acidentes, 1.430 feridos (mais 25% sobre 2009) e um número infindável de motoristas flagrados embriagados pelas ruas e rodovias. Só em Rondônia e Acre a Polícia Rodoviária pegou 22 bebuns, entre cerca de 1 mil testes do bafômetro. À primeira vista, imagina-se que esses malucos irresponsáveis fossem presos, ficassem longo tempo atrás das grades e ainda pagassem multas pesadíssimas. Nada disso. Em poucos dias todos estarão nas ruas, repetindo as mesmas loucuras e tirando mais vidas. 

O trânsito no Brasil não tem solução do jeito que é tratado. Com a impunidade absurda e com os ouvidos moucos dos motoristas, que ignoram tudo em termos de respeito às leis, não há saída. No próximo feriadão, preparemos mais caixões.

FALOU DURO

O deputado Miguel Sena está mesmo em rota de colisão contra o Tribunal de Contas do Estado. Nesta semana, Miguel fez um duro discurso contra o TCE, que estaria impedindo a realização de uma nova licitação para a publicidade na Assembléia. Há tentativa de ingerência na ALE? Sena acha que sim.

FICOU NO MESMO 

José Bianco acabou ficando onde está. Durante meses sua eventual participação nas eleições de outubro era tida como uma possibilidade concreta. Bianco ficou calado sobre o tema o tempo todo. Deixou passar a data da desincompatibilização sem sair da cadeira de Prefeito. Vai até o fim do seu segundo mandato.

LÁ E AQUI 

O DEM sem o nome de Bianco fica fora da corrida ao governo com nome próprio. A tendência do partido é seguir a aliança nacional com o PSDB. Mas a cor local sempre pode mudar os rumos dos acordos. Por enquanto, o DEM fica ao lado do pré-candidato Expedito Júnior.

ROLO COMPRESSOR 

E PR rondoniense é que ficou em maus lençóis. Aqui, o partido estava com Expedito mas agora foi fechada a aliança nacional com o PT, em nome da pré-candidatura de Dilma Roussef. E agora? Esse tipo de problema vai ocorrer, aliás, com várias siglas que em Rondônia querem tomar um rumo mas, na verdade, terão que seguir a decisão do diretório nacional.

BOM HUMOR

O novo governador João Cahulla anda muito bem humorado. Mesmo trabalhando duro, ele tem sido visto sorridente. Dizem por aí que é por causa de uma sondagem mandada fazer por companheiros seus, que teriam trazido boas novas ao pré-candidato governista. Não se sabe se é esse o caso.

VIA SATÉLITE 

O telefone do presidente da Assembléia Legislativa, Neodi Carlos, não parou de tocar desde o final de semana, quando ele anunciou que será o nome do vice na chapa a ser liderada por João Cahulla. De todo o Estado, Neodi tem ouvido apoios e incentivo à sua decisão.  

SHOW DE BOLA 

Jornalistas e lideranças presentes num café da manhã desta semana, quando o deputado Jesualdo Pires (PSB), fez uma prestação de contas do seu mandato, ficaram impressionados com a atuação. Ele conseguiu grandes recursos para investir em sua região e ainda esteve presente trabalhando nas principais questões envolvendo o Estado. Mandato com resultado.

CASA OU DIVORCIA? 

O número de informações e contrainformações e boatos sobre o casamento PT- PMDB em Rondônia – que há quem ache que vai acabar em divórcio – aumentou nos últimos dias. A turma petista ratifica que está com Eduardo Valverde até as entranhas. Os peemedebistas dizem que pode haver novo acordo vindo de Brasília. Até agora a turma de Valverde está com a razão.

CAUSAS JUSTAS 

O deputado Ribamar Araújo não muda de posição. Quando considera que está lutando por uma causa justa, vai com ela até o fim, mesmo que várias vezes acabe em conflito com a turma do PT, seu partido. É por isso que muitas vezes nas conversas entre o parlamentar e pessoas da cúpula petista deixam faíscas no ar. 

Fonte: Sergio Pires