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Sergio Pires

Primeira Mão - 06/09/10



Primeira Mão - 06/09/10 - Gente de Opinião

ATROPELAMENTOS MATAM 50

BRASILEIROS TODOS OS DIAS
 

Foi rápido. A mulher colocou o pé direito fora da calçada. Em um segundo, foi jogada para o alto. Uma moto, em alta velocidade, andando pela direita dos carros – contas as regras elementares do trânsito – quase a matou. Dois dias de hospital, muitas dores, costela afetada mas, felizmente sobreviveu. A cena é verdadeira e ocorreu numa avenida movimentada de Porto Velho. A mulher, de mais de 60 anos, teve sorte. Acidentes como esses, país afora, são fatais. Todos os dias, segundo as estatísticas oficiais, 50 brasileiros morrem atropelados. São 1.500 ao mês, 18 mil ao ano. Em 90% dos casos, as mortes poderiam ser evitadas se motorista e, muitas vezes, o próprio pedestre, respeitassem as leis básicas das ruas. Num percentual muito alto – em torno de 30% - as mortes são causadas apenas por total desleixo do pedestre. Ele atravessa a rua sem olhar para os lados; ignora o sinal aberto para carros e motos; não anda nas faixas de segurança – quando elas existem – e caminha absorto, envolvido em seus pensamentos e sonhos no meio do caos do trânsito. A chance de sobrevivência nesses casos é pequena.

O problema é que na grande maioria das mortes, a culpa é do condutor do veículo. Carros não respeitam pedestres, sejam jovens, crianças, mães com filho no colo ou anciãos. Motos então nem se fale. Os motoqueiros, em sua maior parte, parecem estar fazendo roleta russa pelas ruas. Ou morrem ou matam. O pior de tudo é que não há solução à vista para o caso. O desrespeito pela vida alheia vem do berço, de casa, da falta de respeito e educação. Pode-se amenizar o problema, aplicando pesadas multas. Mas, na terra da impunidade, matar no trânsito não quer dizer nada. Então, cada um por si e Deus por todos.

 

INDECISÃO

Na reta final da campanha eleitoral, as questões jurídicas pendentes continuam deixando o eleitor confuso. Os TR ES e o Tribunal Superior Eleitoral tem tomado decisões, muitas ligadas à Lei Ficha Limpa, que podem ser derrubadas no Supremo, por ser inconstitucional. Não há definição clara e a situação começa a se complicar por falta de uma posição definitiva sobre o assunto.

 

COMO COMPENSAR?

Numa elocubração apenas, imagine-se que alguns candidatos não consigam concorrer por falta de definição do Supremo. E que lá na frente, os ministros decidam, por exemplo, que a Ficha Limpa só pode valer para a próxima eleição, conforme determina a Constituição. Como serão ressarcidos os prejuízos dos que ficarem de fora?

 

TODOS GANHARAM?

No debate entre os candidatos ao governo, esta semana, em Rolim de Moura, as assessorias de todos eles trataram de executar o seu papel; Em todos os releases enviados à imprensa, cada assessor garantiu que foi o seu candidato que venceu o encontro. Em algumas coisas, campanha política não muda nada, mesmo.

 

IDEAIS FASCISTAS

Há uma ala do governo que pretende implantar uma lei fascista de controle da imprensa. O homem forte da imprensa do presidente Lula, Franklin Martins, é um dos ardorosos defensores da idéia. Faça-se justiça: não fosse o próprio Presidente, a lei da mordaça à imprensa já estaria vigorando.

 

“AMIGUINHOS”

A questão assusta porque vários setores – tanto do governo quanto do Ministério Público e do Judiciário – estão loucos para que a imprensa caia sob controle oficial. Todos querem democracia plena, desde que os jornalistas baixem suas cabeças e não critiquem. Só os “amiguinhos” têm, valor, para essa gente.

 

APAVORA

Cerca de sete mil ocorrências policiais foram registradas em Porto Velho, em oito meses deste ano. Quase cinco vezes o que ocorreu no mesmo período anterior. A coisa está tão feia que criminosos estão sendo soltos nas delegacias porque a polícia não tem como flagranteá-los em 24 horas. E vai ficar pior.

 

NAVEGANTES

Vale a velha frase: “aviso aos navegantes”: o rio Madeira se tornou um grande risco. Os bancos de areia de formam todos os dias, não há profundidade suficiente para barcos de médio e grande porte e ele só deve começar a subir no final de setembro. Mesmo assim, há ainda quem se arrisque a andar com barcos carregados. É pedir para sofrer.

 

ESPERANÇA

Mesmo com apenas 8% das intenções de votos nas duas pesquisas do Ibope, o candidato Eduardo Valverde ainda pode chegar ao segundo turno. A certeza é do prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, coordenador da campanha petista no Estado. Ele lembra que o Ibope lhe dava 1% para a Prefeitura e, semanas depois, Roberto foi eleito prefeito. É a esperança dos partidários de Valverde.

 

TRÊS SEMANAS

Se a pesquisa do Ibope estiver correta, as duas vagas ao Senado, por Rondônia, já estariam nas mãos de Ivo Cassol e Valdir Raupp, nessa ordem. A senadora Fátima Cleide ficaria fora. Mas como há ainda mais de três semanas de campanha pela frente, os partidários de Fátima acham que ainda dá para mudar o quadro.    

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Fonte: Sergio Pires  - [email protected]
 
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