Primeira Mão - 06/01/11

NO PAÍS DA ESPERANÇA, UMA FRASE

DA SÁBIA ATRIZ RESUME QUASE TUDO

Há, no Brasil e também aqui por Rondônia, um sentimento de esperança, de alto astral, quase de comemoração pela troca de governantes. Dilma Rousseff assumiu com a perspectiva de continuar a fazer o país a ir para a frente, mesmo com as dificuldades  e dúvidas que são inerentes ao futuro. Confúcio Moura chega com o mesmo entusiasmo, cheio de ideias, de projetos, de vontade de fazer. Nesse quesito, rondonienses em especial e brasileiros como um todo, exercitam o que mais sabem fazer: ter esperança. Espera-se o melhor, mesmo que a realidade nos passe algumas rasteiras. Reza-se, clama-se por uma vida mais digna, uma sociedade mais justa, um país mais correto, um estado e suas cidades com melhor qualidade de vida para todos. Dilma garante que não só vai manter as conquistas de Lula como ampliá-las. E reafirma que acabará com a miséria no Brasil. É esse, provavelmente, o maior desafio que um governante pode ter, numa terra em que a distância entre os poucos ricos e as multidões de pobres equipara-se à da Terra ao Sol. Confúcio também começa com a garantia que vai tirar os doentes do chão dos hospitais. Não sabe ainda como, mas só a decisão tomada já é um alento, num país em que a saúde pública é apenas um arremedo do que deveria ser.

Começam os governos, cheios de esperanças. Mas há também um pé na realidade. Por isso, mais que tudo, merece registro a frase que a talentosa atriz Irene Ravache (na foto) disse à revista Veja, sobre o que espera do governo Dilma. A afirmação vale para todos os governantes, Confúcio incluído: “Eu gostaria que Dilma tentasse governar sem fazer alianças espúrias com políticos reconhecidamente corruptos, antiéticos ou incompetentes. A incompetência ligada à corrupção é o que mais prejudica nosso país”. Precisa dizer alguma coisa a mais?

FESTA E PAULEIRA

O primeiro dia de Confúcio Moura no poder foi ainda festivo. Troca de comando na Polícia Militar; posse dos novos secretários; troca no Corpo de Bombeiros. Tudo isso na segunda. Já ontem, mais festa, com as comemorações dos 29 anos de criação do Estado de Rondônia. A pauleira mesmo começou ontem.

QUEM DIRIA?

Pelos lados da Prefeitura, o PMDB começa a perder espaço e o PV cresce na parceria política. Quem diria? O PT de Roberto Sobrinho aliado ao PV de Lindomar Garçon, exatamente os dois principais adversários da última disputa pelo comando da Capital, agora estão caminhando juntos. E vem mais mudança por aí....

CASSOL DE OLHO

Termina uma eleição e já começa outra. Dois anos antes, o grupo do ex-governador Cassol já está se articulando para várias disputas, com foco principal para a Prefeitura de Porto Velho. Fala-se que Cahulla pode ser o candidato. O que poucos sabem é que ser prefeito da Capital também está nos planos do próprio Cassol. Esperemos para ver.

É EMERSON

O grupo palaciano também já pensa em 2012. Ao menos por enquanto, a decisão do governador Confúcio Moura é apoiar o nome do atual vice-prefeito, Emerson Castro, para a disputa em nome da turma do PMDB que chegou ao poder. É claro que muita água ainda vai rolar embaixo da ponte, até que haja uma decisão final. Mas, agora, o nome é Emerson.

MORTE ANUNCIADA

Pouco foi divulgado na mídia, mas na semana passada um menino de apenas dez anos morreu atropelado, quando andava de bicicleta na área conhecida como Espaço Alternativo, onde dezenas de pessoas caminham e se exercitam, todos os dias. Foi uma tragédia anunciada. Motoristas continuam entrando com seus carros em área que, nos horários previstos – manhã cedo e final de tarde – só pedestres deveriam usar.

OU DÁ OU DESCE

O policiamento, que inexistia, começou a ser feito, o que é um avanço. Mas não há isolamento da área, nem guincho para carros e motos que teimam em estacionar dentro da rua onde deveriam ser proibidos. Cães, inclusive os temidos pittbull, continuam sendo levados por seus donos para “passear”. Ou se isola tudo ou fecha-se para as caminhadas. Sem segurança total, não dá. 

BANDIDÃO

O presidente Lula ainda vai se arrepender de um de seus últimos atos de governo, ao oferecer abrigo a um assassino como o italiano Césare Batisti. O sujeito que matou quatro pessoas a sangue frio e que cometeu vários outros crimes, é mais um bandido que o Brasil abriga. E ainda com o aval presidencial. Um triste ato final de um bom governo.

CINCO MIL

Virou, mexeu, a legislação eleitoral diplomou e depois cassou diplomas de deputados; deu mandatos a quem estava fora e tirou quem estava dentro, mas não mexeu no deputado que chegou a uma das cadeiras com menos de cinco mil votos. Flávio Lemos entrou pela coligação e está mais que garantido para assumir seu mandato, dia 1° de fevereiro.

A BR QUE QUEREMOS

A volta do amazonense Alfredo Nascimento para o Ministério dos Transportes, significa que uma das mais polêmicas obras projetadas pelo governo Lula vai mesmo sair do papel no de Dilma. Trata-se da BR 319, ligando Porto Velho a Manaus. O ministro prometeu várias vezes que ela seria prioridade. Parece que será, finalmente.