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Sergio Pires

Primeira Mão - 02/06/11


Primeira Mão - 02/06/11 - Gente de Opinião 

REFORMA AGRÁRIA NÃO EXISTE. POR ISSSO

OS CONFLITOS SÓ CRESCEM NO BRASIL

O que aconteceu em Rondônia e no Pará, nos últimos dias, com o assassinato de vários líderes camponeses, é apenas mais um triste capítulo na histórica luta pela terra, na região. Grandes fazendeiros, posseiros e grupos sem terra se digladiam há anos, exatamente porque o governo federal jamais fez o seu papel, criando uma reforma agrária justa e repartindo a terra com quem nela possa trabalhar e produzir. Enredada num emaranhado de decisões confusas, como é típico no Brasil, a reforma agrária não anda. Grandes proprietários armam-se para enfrentar invasores e esses respondem, também armados e também usando violência, como se essa fosse uma terra sem lei. Junte-se a isso a ideologia da violência, como o caso de grupos de sem terra armados, treinados em táticas de guerrilheira por representantes das Farc e outros grupos guerrilheiros da América Latina, de um lado. E de outro de fazendeiros e madeireiros gananciosos, que não aceitam compartilhar um pouco da terra com ninguém. Para piorar, coloque-se nessa salada uma sucessão de governos relapsos, que vivem do discurso e não da prática, que só agem quando é tarde demais, e se terá um quadro claro da situação dos conflitos agrários, principalmente na Amazônia.

Outra coisa que irrita o brasileiro que quer a lei para todos, é a mobilização das autoridades e de grupos – muitos deles também vivendo das armas – quando acontece alguma coisa com um sem terra. Drama geral. Quando um peão de fazenda ou um fazendeiro são assassinados, absolutamente nada acontece. Ou seja, é ideologia pura, é política partidária sempre. Um país sério só merece esse título quando abriga, sob a mesma lei, todos os seus cidadãos. Por enquanto, estamos longe disso.

CONTRA O TEMPO

Passado o inverno amazônico, os prefeitos agora correm contra o tempo, para fazer muitas obras no segundo semestre. Em Porto Velho, o prefeito Roberto Sobrinho vai anunciar um pacote de obras públicas que vão de asfaltamento a construção de escolas, além de um grande programa de limpeza da Capital. No interior, as prefeituras também se mexem para aproveitar o verão e melhorar suas cidades.

 

ROTA DE COLISÃO

A escolha do nome para comandar a Defensoria Pública do Estado empacou na Assembleia. Os deputados não aceitam o nome de José Oliveira, alegando que ele responde ação por improbidade. O caso é complexo, mas os deputados já avisaram que não aceitam a nomeação. A novela prossegue nos próximos dias.

 

TUDO ABERTO

Tanto a Rede Record como a Globo, em matérias nacionais, apresentaram reportagens mostrando o fiasco da estrutura de fiscalização nas fronteiras do Brasil com países vizinhos. Tanto na divisa com o Paraguai como com o Peru e a Bolívia, só para ficar em três exemplos, o contrabando passa fácil e as drogas e armas entram no Brasil na maior moleza.

 

POUCA GENTE

Embora os discursos em nível de governo sejam sempre super otimistas,a verdade é que nossas fronteiras estão abertas ao contrabando e ao crime organizado. O Exército ainda está longe de cuidar da fronteira na Amazônia e a Polícia Federal tem cada vez menos agentes para atuar. Inclusive em Rondônia.

 

CHEGA A EXPOVEL

Neste sábado, começa a Expovel no Parque dos Tanques. Vai ser mais uma feira agropecuária que sintetiza a grandeza da produção de Porto Velho e de Rondônia. Todos os méritos para João do Vale e sua turma, que, mesmo enfrentando grandes dificuldades, conseguem fazer uma festa cada vez melhor.

 

JUSTIÇA?

Cada vez que acontece um crime bárbaro no Brasil, ouve-se pais, amigos e vizinhos das vítimas dizendo que só querem Justiça. Perdem seu tempo. Justiça mesmo só é dada a quem comete os atos de barbárie. Poucos são presos. E quando o são, ficam pouco tempo atrás das grades. Vítima não tem Justiça. Já a bandidagem...

 

NÃO É MOLE!

Embora tenham tentado colocar panos quentes na briga feita que envolveu o peemedebista e vice-presidente Michel Temer e o ministro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, o episódio está longe de ser superado. A base aliada do governo ainda vai sofrer muito nas mãos dos lideres do maior partido político do país. O PMDB não é mole quando quer ocupar espaço no poder.

 

SURPRESAS

Para a disputa das prefeituras no Estado, em 2012, estão se desenhando surpresas e alianças que, até há pouco, seriam impensáveis. Em Porto Velho, pode acontecer uma união de forças de partidos e líderes que, até há pouco, atravessavam a rua para não encontrarem-se. Mas como a política é a arte de engolir sapos, a coisa está andando...

 

PERGUNTINHA

Até quando a Câmara Municipal de Porto Velho lavará as mãos sobre a condenação, por pedofilia, do vereador Chico Caçula?

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Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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