Opinião de Primeira - 03/05/14

HÁ DECISÕES QUE O CIDADÃO COMUM NÃO COMPREENDE

Não se questiona o valor e a importância fundamentais do Ministério Público para a consolidação da democracia e, mais que tudo, para colocar as pesadas mãos da lei em corruptos e malfeitores; sobre maus governantes e gerentes de maracutaias. O MP Federal e o MP nos Estados, são vitais para que tenhamos uma fiscalização correta e punição dos malfeitos. Aliás, no ano passado, um forte movimento vindo de vários setores, queria tirar do  MP o direito de investigar. Grande parte dos brasileiros se levantou com esse absurdo - inclusive aqui, nesse espaço, foram duras as críticas contra essa tentativa irracional - e o caso acabou morrendo, felizmente. Mas, também não se pode aplaudir tudo o que o MP faz, seja em qual área for. Eventualmente, pode até cometer injustiças, o que não deixa de ser normal, dado ao volume de ações e trabalho realizados, mas onde a grande maioria das denúncias que faz tem base sólida. O problema é que há setores do MP e da Justiça Federal que interpretam a legislação, geralmente, dentro de uma lógica que ignora as necessidades e os anseios da maioria da população.

Caso recente ocorreu aqui em Porto Velho, onde o MPF e o MP Estadual se mobilizaram e, mais de três anos depois de iniciada a obra (há um ano ela está praticamente pronta), pediram à Justiça Federal que tudo seja parado e que sejam reiniciados os estudos de impacto ambiental da obra. Ora, para quem é leigo, essas coisas são incompreensíveis. Como, depois de tanto tempo, há uma decisão como essa? Porque ela não foi tomada no tempo certo, ou seja, ANTES da obra ser feita e só agora,  DEPOIS de um investimento de mais de 276 milhões de reais? Podem ter todas as razões legais o MP e a Justiça Federal, mas que ações como essa contrariam o bom senso e a lógica, há!, isso é a mais pura verdade...
 

VÃO DEMOLIR?

Já que perguntar não ofende, há alguns questionamentos que precisam ser feitos, em relação a esse assunto. Por exemplo: se os estudos exigidos não forem feitos ou, se feitos, detectarem que haverá (e haverá, claro!), prejuízos ambientais na vizinhança da ponte, o que se fará? Vai se exigir a implosão da obra? Será pedida a prisão de todos os envolvidos nela? Quem vai reembolsar os mais de 276 milhões de reais já investidos? Ou vão deixá-la como está, mais um elefante branco que não serve para nada? Perguntar não faz mal. Então, as perguntas estão feitas...

ALTA REJEIÇÃO?

Petistas e cassolistas querem se colocar como principais adversários do atual governo, desde agora. O deputado federal Padre Ton, que já se apresenta como virtual concorrente ao Palácio Presidente Vargas, tem criticado duramente a atual administração. Anda pelo Estado dizendo que Confúcio teria uma rejeição de 40% entre o eleitorado. Já Cassol e seu grupo assinam embaixo. Não se sabe se os percentuais são corretos, mas que as duas turmas estão dispostas a entrar com tudo na briga, estão sim!

AINDA PRESO

Ainda alvo de várias ações, incluindo uma de suspeita de assassinato, o ex presidente da Assembleia, Valter Araújo, vai continuar preso. Seus advogados pediram novamente o relaxamento da prisão, mas a ministra Teresa Moura (a mesma que tinha dado ordem para que ele fosse solto anteriormente, quando Valter aproveitou para fugir e ficar dois anos desaparecido), do Superior Tribunal de Justiça, negou agora a soltura do réu. Valter continuará na prisão até nova decisão, que autorize sua saída. O caso ainda vai muito longe.

RECOMEÇANDO TUDO

O secretário municipal de Agricultura e Produção de Porto Velho,  Leonel Bertolin, está preocupado, mas não entrega os pontos. Mesmo depois de ter visto tudo o que viu, destruído pela enchente histórica do rio Madeira, diz que a produção na Capital vai ser retomada e que o agronegócio voltará a crescer. Claro que não será de uma hora para outra, mas o potencial é enorme e a força dos nossos produtores inigualável. Tudo isso e muito mais Bertolin comenta no programa Candelária Debate, que vai ao ar neste sábado, 13h20, em rede estadual, pela TV Candelária/Record.

CHICO VOLTA

Depois de mais de uma década, Francisco Cabral, o Chico Padre, eterno presidente da Federação da Agricultura de Rondônia, foi reconduzido ao cargo de presidente do Sistema Nacional de Aprendizagem Rural de Rondônia (SENAR). Afastado por várias denúncias, elas nunca foram comprovadas, no âmbito da Justiça. Mas elas o tiraram do posto durante quase onze anos. Agora ele voltou, tão poderoso quanto o é na Federação de produtores, que preside há muitos e muitos anos.

CABEÇA NA BANDEJA

Ainda do mundo sindical: o petista Chiquinho do Sintax, grande liderança entre os taxistas da Capital, comandou protesto de profissionais desta área, contra o secretário da Semtran, nesta semana. Os taxistas querem a cabeça do secretário Carlos Gutemberg, alegando que são maltratados ou tratados como bandidos na Secretaria Municipal de Trânsito. O protesto chegou ao prefeito Mauro Nazif, que, pelo menos até agora, não tomou nenhuma decisão sobre o assunto. Os taxistas querem porque querem a cabeça do secretário numa bandeja.

PERGUNTINHA

Quando todas as máquinas, caminhões e equipamentos adquiridos pela Prefeitura de Porto Velho vão trabalhar ao mesmo tempo em todas as regiões da Capital?