Quinta-feira, 4 de setembro de 2025 - 11h44
No dia 28 de agosto, numa quinta-feira, o Rosinaldo
Machado e a humanidade celebraram os seus 75 anos. E o nosso Machado que é
“capitalista” – posto morar na capital – foi saudado com eloquência e fluência,
com a erudição da jornalista Jussara Gottlieb, lá no espaço Divina Praia onde
seus amigos festejavam o seu abençoado niver.
Porém, no sábado dia 30, no restaurante do Pakaas
Palafitas Lodge, em Guajará-Mirim, num “petit comité” recebeu as honras
de estilo, com direito a jantar, vinho e a bolo confeitado, esse saboreado
pelos demais hóspedes do Resort, que acabaram participando do acontecimento
simples, mas, comovente.
Rolou muita emoção, “anexada” por palavras de afeto
e reconhecimento aos valores e às virtudes desse amigo do peito, meu irmão,
camarada.
Nelson Cavaquinho deixou imortalizada a música, com
versos filosóficos que dizem “Sei que amanhã, quando eu morrer os meus amigos vão
dizer que eu tinha um bom coração. Alguns até hão de chorar e querer me homenagear
fazendo de ouro um violão”...
E preciso dizer que o Machadinho em vida é pessoa de
bom coração! Generoso, honesto, altruísta, dono de uma simpatia irradiante,
íntegro e empático, muito afetuoso, daí a bem querência de que é alvo, mercê
das inúmeras virtudes que detém.
“Mas depois que o tempo passar sei que ninguém vai se
lembrar que eu fui embora, por isso é que eu penso assim se alguém quiser fazer
por mim, que faça agora; me dê as flores em vida o carinho, a mão amiga para aliviar
meus ais depois, que eu me chamar saudade não preciso de vaidade, quero preces e
nada mais”.
Machadinho, receba em vida as flores que, de forma
virtual lhe envio, desde o barranco de um encontro das águas; recolha o aperto
de mão mais intenso e o abraço mais apertado, daqueles que se dá num irmão
muito querido...
A trajetória desse meu personagem é rica e
surpreendente!
Santarém, no Pará é o seu berço, mas viveu em Vila
Isabel, um bairro carioca, berço do samba, alguns eternizados por Noel Rosa.
Ali, no Rio de Janeiro aprendeu o ofício, com um profissional alemão, enfim, as
lides fotográficas, sem perder a ternura e a sensibilidade que trouxe de berço.
Tinha 14 anos.
A Bloch Editora o acolheu como menor aprendiz, e a
Revista Manchete o burilou, posto estar diante de um diamante puro, pedra 90.
Muito novo, aportou na TV Globo. Lá pelas tantas atuou como profissional da
fotografia nos filmes icônicos: “Vai Trabalhar Vagabundo” e “Se Segura
Malandro”.
Um dia ainda muito novo, em torno dos 25 anos, ousou
transferir residência para Manaus, capital do Amazonas, atuando em agências de
publicidade e no Jornal “A Crítica”, do meu amigo Humberto Calderaro.
Ali, conheceu o coronel Jorge Teixeira, o nosso
Teixeirão, que o descobriu ao lançar um concurso de fotografia, levado a efeito
pela municipalidade, liderada pelo militar superior do exército brasileiro.
Acabou membro da briosa equipe desse gaúcho intrépido, voluntarioso, idealista,
criativo e visionário.
É profissional de reconhecido valor, consagrado
pelos críticos e querido por seus amigos de fé.
A fotografia regional ficou imortalizada nas lentes
de um Danna Merril, durante a construção da ferrovia de Deus – a EFMM – e a
Amazônia no geral e o Brasil, no particular, nas câmeras de Sebastião Salgado.
Todavia, a partir de 1979 a memória e a história desta
área geográfica, estão perpetuadas na sensibilidade do artista Rosinaldo
Machado, desde priscas eras, quando Rondônia ainda era Território Federal.
Você, querido irmão, foi integrante, desde as
primeiras horas, das brilhantes equipes do saudoso coronel Jorge Teixeira, seu
e meu líder, que se transformou em nosso ídolo. Você documentou para nossa e
futuras gerações cada instante de afirmação e conquistas desta abençoada terra,
da qual se transformou num intransigente defensor, amando-a e venerando-a como
se filho nativo fosse...
Interessante, é que esse acervo, esse riquíssimo
material fotográfico, em seu poder poderia transferir-se mediante uma aquisição,
bem remunerada mesmo, por parte do governo estadual, visando fazer parte do
museu de Rondônia, redundando no enaltecimento justamente da memória e da
história valiosas e valorosas de toda esta geografia.
Rosinaldo Machado, membro da Academia Rondoniense de
Letras (ARL), e, em vida - que será longa e pavimentada com muita saúde – vem
sendo homenageado pelas diversas Instituições que enriquecem a vida
rondoniense.
E, humildemente, por este seu companheiro de missões
que o “ama de montão” porque o vê como homem virtuoso e como cidadão exemplar!
O Teixeira nos uniu e a missão em favor dos mais
elevados interesses de Rondônia nos aperfeiçoou!
SELVA!
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