Quarta-feira, 18 de junho de 2025 - 08h20
WASHINGTON, DC – O reconhecimento da ação cidadã voluntária é uma prática tradicional usada em países do chamado 1º Mundo. O rondoniense Samuel Sales Saraiva recebeu-a na
semana passada, em Washington, DC (EUA). Trata-se de uma ferramenta importante
de distinção participativa de cidadania, muito pouco valorizada no Brasil.
Em meio a um mundo conturbado por conflitos, guerras e mudanças de tarifas econômicas internacionais, Saraiva atuou como
ator diferenciado em sua vida nos EUA: “Foram quase quatro décadas dedicadas ao
Brasil, e aos Estados Unidos, com propostas sérias, apresentadas voluntariamente, sem reconhecimento,
algumas delas engavetadas, sem discussão do mérito, outras
descaracterizadas e outras rapinadas
no Brasil; aqui nos EUA foi
diferente”, ele disse ao repórter.
“Não
sou movido a carícias
ao ego por dinheiro, ou
favorecimento pessoal mas confesso que
receber uma distinção do Comitê Nacional do Presidente americano deixa a sensação de que
meu tempo não foi perdido, mesmo sendo agraciado com esse título de valor apenas simbólico”, acrescentou.
Sucessivamente, em 2016, 2020 e 2024, identificado com os
ideais republicanos, Samuel, participou ativamente do Movimento “Make
America Great Again (MAGA)” dedicando-se voluntariamente às campanhas de Donald Trump, atuando como influenciador
junto à comunidade
latino-americana nos Estados Unidos.
Na primeira campanha, ele defendeu o voto em Trump, o que
valeu um artigo publicado no jornal Folha de
São Paulo.
Saraiva manteve sua posição nas eleições seguintes. Foi
autor de propostas submetidas ao Comitê Nacional Republicano e a membros do Congresso dos EUA,
visando aprimorar a legislação sobre migração.
O brasileiro
portador de dupla nacionalidade foi
autor intelectual de diversas propostas apresentadas ao Presidente Trump e
participou ativamente das três campanhas presidenciais.
São estas as recentes contribuições disponíveis publicadas em seu site.
Defendeu que
filhos de indocumentados nascidos em território americano recebam
a nacionalidade de seus pais, se não forem residentes legais ou cidadãos
naturalizados, a fim de impedir a procriação
incentivada pela possibilidade de obter residência legal após o filho alcançar a maioridade. O tema foi submetido à apreciação em 2019.
Na
ocasião, Saraiva considerou igualmente “ilegal
e desonesto” o crescente “turismo
de maternidade” praticado
por estrangeiros que chegam àquele país com vistos de turista com a intenção de residir de forma permanente ou entram ilegalmente pela fronteira com o México, muitas vezes colocando em risco a vida de crianças
vulnerável no deserto árido, usando-as criminosamente como
escudos e violando as leis federais de imigração. “Um
pais onde as leis são ignoradas tende a se tornar uma anarquia”, ponderou.
Ações administrativas, e auditoria para revisão de pedidos
inconsistentes de asilo político.
Ponderava também a respeito de uma “lucrativa indústria formada por advogados liberais disfarçados de ‘defensores dos direitos humanos’, “que forjam pedidos de asilo frívolos,
formatando petições risíveis desprovidas de fundamentação razoável.” “Além de
ignorarem a ética profissional para obtenção de vantagem financeira de imigrantes ilegais, geralmente pobres, eles
enganam e induzem
juízes a erro, em
atropelo das leis vigentes.
“Uma maneira fácil de corrigir essa distorção e servir de exemplo seria
rever os asilos aprovados nos últimos anos, submetendo os beneficiários a um exame de polígrafo e, se for constatada fraude
processual, cancelar o benefício e processar esses advogados desonestos e
fraudulentos, enviando uma mensagem clara a todos os advogados de imigração” – sugeria.
Aumento de taxa para remessas internacionais
“Imposto de 30% sobre remessas
internacionais acima de US$ 200 pode auxiliar a política de imigração”, assim como a impossibilidade de abertura de
contas em bancos, obtenção de carteira de motorista e acesso a rede publica de
educar e saude, ele sugeria governo americano.
Fim da distinção entre ações criminosas violentas e
violações civis de imigração
Sugeria que o Presidente Trump pedisse aos cidadãos que
auxiliassem a polícia
de imigração com denuncias que levem à prisão, para fins de deportação de criminosos e fugitivos.
Exigência de exame de polígrafo para obtenção de visto
“É melhor prevenir do que remediar” – apontava Samuel a Trump
sugerindo um teste de polígrafo como requisito para todos os pedidos de visto e
asilo nos EUA.
Aplicação do princípio da reciprocidade proporcional ao número de cidadãos estrangeiros ilegais
Samuel sugeria
ao Comitê Nacional Republicano
acenar com a aplicação desse princípio após alguns governos exigirem vistos de cidadãos americanos
para visitas de turismo. E questionava: “Gostaria de saber quantos imigrantes
norte-americanos conseguiram no passado visto de turista com propósito fraudulento de residir em outros ilegalmente. “Imaginem
se reciprocamente o mesmo numero de ilegais brasileiros nos EUA garantissem a
entrada ilegal de americanos na Amazônia, por exemplo.”
“Os EUA talvez sejam a nação mais
generosa no acolhimento de imigrantes que atendem o perfil de imigrantes que o país busca”, elogiava. “Os números de concessão de vistos comprovam.”
Carta aberta a Trump “e
patriotas”
Nela, Samuel dizia-se observador do processo legal de naturalização e
das leis vigentes, razão pela qual invoca o cumprimento dos “deveres
impostos pela consciência cidadã e a responsabilidade de contribuir com os interesses do
país ao qual hipotecou
lealdade.”
Com a visão de imigrante adquirida na experiência de três décadas nos
EUA, Saraiva ponderava a respeito de alguns argumentos fundamentais, e possivelmente
não percebidos nos EUA: “As leis precisam ser adaptadas em consonância a dinâmica da sociedade e dos novos tempos, sob pena de se
tornarem sem eficácia,
ou mera abstração de direito, deixando um vácuo de autoridade e poder”, que vulnerabilize o império das lei,
privilegiando infratores e baderneiros que agridem os símbolos nacionais de
forma agressiva e desrespeitosa, reivindicava. Mais ainda, “resultava que a alegação de que os
imigrantes construíram os EUA, não pode ser tirada de contexto. - “A mão de
obra deles foi importante, mas não foi gratuita e eles ganharam aqui varias
vezes mais do que ganhariam em seus países pelo mesmo serviço”.
Um alerta sobre o chamado ‘sonho americano’
Samuel acredita
que o debate sobre uma reforma imigratória,
desde que “condizente e justa”, oferecerá resultados positivos a longo prazo. Para ele, não basta
fechar a fronteira ou deportação em massa, se os incentivos garantidos em lei
continuam atrativos e vigentes.
“O sonho americano teria pouca
probabilidade de ser realizado de os métodos por alcançá-lo forem feitos de forma desonesta e
ilegal, nesse caso, a probabilidade de um ‘pesadelo americano’
seriam reais, enfatizava.
Projeto Transfronteira
Durante mais de três décadas nos
EUA, esse cidadão,
ex suplente de deputado federal pelo estado de Rondônia, na 47ª legislatura, elaborou sem nem onus para os cofres públicos vários projetos de lei, entre os quais se
destacaram o Projeto Transfronteira,
que dispunha sobre o desenvolvimento sustentável, a segurança territorial, a
integração regional bem como a ocupação planejada da faixa internacional de
fronteira do Brasil com os pazes fronteiros; proposição sobre obrigatoriedade da educação ambiental para
tomadores de empréstimos
públicos ou privados
para projetos na área
ambiental; e o Plano de Desenvolvimento Agropecuário da Amazônia – Plano Amazônia + Sustentável, instituído por intermédio da Portaria MAPA nº 575, do Ministério da Agricultura e Pecuária-MAPA
lançado em 5 de abril de 2023, conforme ofício nº 283/2023/SDI/MAPA, datado de 28 de julho de 2023.
Aproveitando o reconhecimento da
condição de assessor do Presidente Trump, Saraiva comentou a respeito deste
fato:
“Uma forma nada inteligente para gerar simpatia e ajudar
os indocumentados obter o perdão pela invasão territorial e obterem a
legalização. Acabam sendo úteis aos propósitos vingativos dos que
perderam a eleição.”
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