Sábado, 1 de outubro de 2011 - 19h34
Guajará-Mirim - Foi sepultada neste sábado, 1 de outubro, no cemitério "Santa Cruz", nesta cidade, a senhora Maria de Jesus Evangelista Assunção falecida na noite de sexta-feira, aos 86 anos de idade. Viúva do agricultor Canuto Assunção, e mãe de seis filhos, era professora aposentada e fez parte do grupo de adolescentes que na década de 1930 passou a ser conhecido como "filhas de Dom Rey".
Natural de Limoeiro, comunidade no Rio Guaporé, a professora Maria de Jesus era filha de João e Sérgia Evangelista e lecionou nas localidades de Limoeiro, Porto Murtinho, Santo Antonio, Surpresa, Iata, além de escolas de Porto Velho e nas guajaramirenses Reunidas, Dom Rey e Simon Bolivar, como narra a historiadora Maria Tereza Chamma, em seu livro "O Brilho da Pérola".
Nascida em 1925, dona Maria de Jesus, com menos de 12 anos de idade foi entregue por seus pais ao bispo Dom Francisco Xavier Rey, que àquela altura formou um grupo de adolescentes trazendo-as de suas casas na margem brasileira do Rio Guaporé para estudar na Escola Santa Teresinha, em Guajará-Mirim.
A finalidade desse projeto era que as meninas, após cursarem um ensino básico de quatro anos, na "Pérola do Mamoré", retornassem a suas casas e nas respectivas comunidades atuassem como professoras, enfermeiras, catequistas, "e até como parteiras", como lembrou uma das "filhas de Dom Rey" a senhora Estela Madeira Casara em depoimento no livro "A Mulher em Rondônia", de autoria de Lúcio Albuquerque.
Segundo a historiadora Tereza Chamma, das 12 meninas que formaram o grupo denominado "filhas do bispo" ou "filhas de Dom Rey", há apenas duas remanescentes agora, as senhoras Estela Madeira Casara e Isabel Oliveira, essa última atualmente escrevendo um livro para narrar a história dela e das outras que fizeram parte do grupo.
As "filhas de dom Rey" eram: Lídia, Isabel Oliveira, Eleotéria Sombra de Oliveira, Antonia Quintão, Paula Gomes de Oliveira, Maria de Jesus Evangelista, Albertina Coelho, Belmira Farias, Inocência Coelho, Verena Leite, Estela Madeira e Eremita Cordeiro, todas tornandos-se mais tarde matriarcas de importantes famílias da região e lideranças em suas comunidades.
Ao saber do falecimento da professora Maria de Jesus o empresário Paulo Saldanha, filho da senhora Eremita Cordeiro, em nome de sua família disse da importância que aquelas jovens tiveram nas respectivas comunidades e lembrou que especialmente adona Maria de Jesus teve uma participação grande na educação de gerações durante mais de 40 anos de magistério.
Ainda neste ssábado, durante o sarau promovido pela Academia Guajaramirense de Letras, foi observado um minuto de silêncio em honra à memória da professora Maria de Jesus e o encaminhamento de uma moção de pesar à família.
Fonte: Lúcio Albuquerque
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