Sexta-feira, 21 de junho de 2013 - 09h36
Lúcio Albuquerque
Repórter, membro das Academias de Letras
De Rondônia e de Guajará-Mirim
A comparação a seguir pode ser grosseira, mas pode ser considerada em razão do caminho a seguir pelos que estão protestando – praticamente todo o país. Tem uma estória contada assim: O cachorro sai latindo e correndo atrás quando passa um carro. Quando o carro para ele não sabe o que fazer e aí vai embora.
Talvez que esse seja também o raciocínio de autoridades diversas e políticos que, sem entenderem bem o que está acontecendo, partem para discursos mais que manjados do tipo É uma demonstração que vivemos na democracia ou coisas como tal, na expectativa de que, dentro de dois ou três dias, um pouco mais ou um pouco menos, tudo volte à normalidade e, como aquele livro famoso, aconteça Nada de novo no front.
A resposta a isso deve ser dada por aqueles que idealizaram o movimento e os que nele se engajaram: E agora? Para ode vamos? Ficamos só na redução do preço das passagens? Ou inicia-se por aqui um novo ano que não acabou – aquele de 1968?
Nesses dias muitas ruas brasileiras foram transformadas em campos de protestos e/ou em campos de luta urbana, em grande maioria das vezes na última hipótese geradas pela baderna provocado por quem não reivindica mas apenas cria a baderna para depois aparecer como vítima – porque os órgãos de segurança pública respondem às vezes até para que seus membros se defendam, ainda que haja excesso de alguns.
Mas o grande fato a ser observado foi o rifamento de bandeiras políticas durante os protestos, apesar da porralouqice do presidente nacional do PT que, sem mais o que dizer, anunciou que a petrelhada iria para as ruas apoiar as manifestações – na realidade uma tentativa de capitalizar, através da captação de imagens de bandeiras, eleitoralmente o movimento a favor do alvo da mobilização, o próprio Governo do PT.
Outro fato, gerado pelo rifamento de bandeiras e discursos políticos nesse movimento passe livre em relação ao Fora Collor! e ao Diretas Já!, foi que não se viu pelo meio políticos carreiristas, pretensos candidatos a presidente da República, deputados, senadores et caterva.
Saber se os donos do poder vão deixar a banda passar e continuar como está até agora não será novidade. Em 1992 Collor renunciou em meio a denúncias de corrupção e outras mais, mas está aí, o ex-presidente agora posando ao lado dos donos do poder, conversando descontraidamente com aqueles que tanto o acusaram, como se nada de mais houvera entre os dois, o que confirma o ditado popular de que duas palavras, ética e vergonha, passam bem longe dos que fazem carreirismo político.
Collor renunciou e quem mais discursava falando em ética e respeito à coisa pública vem demonstrando que, ao assomar ao poder comporta-se pior até, tudo em nome da governabilidade, e danem-se o erário e a ética.
Agora, voltando à pergunta que acima este comentário, retorno: E agora? Você aposta quanto que vai mudar alguma coisa? Do alto dos meus quase 70 anos, duvido muito.
Inté outro dia, se Deus quiser!
DIA NA HISTÓRIA BOM DIA 23 DE JUNHO
RONDÔNIA1918 – Campanha popular arrecada mil réis para comprar um quadro do artista plástico Porciúncula de Moraes, com a imagem do superintendente (p
DIA NA HISTÓRIA BOM DIA 21 DE JUNHO
RONDÔNIA1920 – O Ypiranga Sport Club inicia a construção do muro em torno do “Stadium Paulo Saldanha” em Porto Velho. 1946 – Em Fortaleza (CE) mais d
DIA NA HISTÓRIA BOM DIA 20 DE JUNHO
RONDÔNIA1928 – O Banco Nacional Ultramarino (PORT) inaugura agência em Porto Velho, apta a enviar documentos e valores “para cidades, villas e aldeias
O DIA NA HISTÓRIA BOM DIA 19 DE JUNHO
RONDÔNIA1925 – Com recursos da “caixa escolar”, a Escola Municipal “Dr. Jonathas Pedrosa” (PVh) premiou com livros e um passeio de trem os melhores al