Domingo, 28 de outubro de 2012 - 20h39
Oitavo prefeito eleito de Porto Velho, contado apenas após a criação do Estado, o médico Mauro Nasif pode até comemorar a vitória, o que lhe é de direito, mas não pode colocar de lado que vai ter uma “pedreira” pela frente, capaz de engessá-lo de tal forma que pode chegar uma hora em que, na conversa com o próprio travesseiro ele vá lembrar dos tempos em que era deputado federal e repetir a frase comum entre poetas: “Eu era feliz e não sabia”.
Certamente que o cargo mais espinhoso para os que se elegem chefes de poderes Executivos seja justamente o de prefeito, e é simples de entender: ninguém mora no país ou no estado. Todos moramos no município e queremos sempre que a cidade esteja limpa, o tráfego flua corretamente, o cidadão tenha lazer, escolas, que tenha segurança. E o prefeito é, no mínimo, “o vizinho ao lado”, especialmente nas pequenas cidades e também nas como Porto Velho.
De saída o novo prefeito vai administrar o primeiro ano com o orçamento do atual morador do Palácio Tancredo Neves (lembram dele, aquele que é citado como presidente sem sê-lo efetivamente). Mesmo considerando que o atual mandatário não se mexeu muito para eleger a candidata do seu partido, ninguém se iluda: o PT, que anda às turras com o presidente nacional do PSB, não vai deixar barato para os socialistas, e Mauro Nasif é histórico do PSB.
Outra questão a ser bem analisada pelos prefeito eleitos este mês é o anúncio da redução da já reduzida parcela de FPM (Fundo de Participação dos Municípios), uma migalha que o governo federal concede e que, em uma grande quantidade de municípios, representa a sobrevida e até a folha de pagamento dos servidores.
Especificamente em Porto Velho, município cujo limite para o sul é “ali na esquina”, na ponte do Candeias, mas que para o “sentido Acre” está a mais de 350 quilômetros, em Extrema e Nova Califórnia, a trabalheira será enorme, isso só para falar nas comunidades interioranas, caso de Jacy-Paraná cujos problemas sociais são muito maiores do que qualquer bairro da cidade capital.
O novo prefeito falou muito em investir na saúde, mas talvez seja muito melhor pensar mais alto em investir em educação, e aqui não falo em “construir escolas” ou em “dar melhores salários aos professores”. Educação aqui está muito além da sala de aula e passa, inclusive, por todo um processo, também pela educação do servidor público municipal – e aqui talvez algumas lições possam ser aprendidas com o trabalho desenvolvido pelo Iperon na atual gestão.
O senhor Mauro teve muito tempo para aprender. Duas vezes vereador, não sei quantas deputado estadual, duas vezes deputado federal, se foi um observador atento ele deve ter uma lista de prioridades, sem poder se espelhar na frase do prefeito eleito de São Paulo, que pretende 'derrubar o muro da vergonha que separa ricos e pobres'.
Do prefeito eleito de Porto Velho espera-se que deixe frases popularescas para o senhor Hadad, o mesmo que tentou fazer valer uma cartilha na qual o certo seria falar e escrever errado.
Do senhor Mauro esperam-se atitudes mais adultas e coerentes com o mandato que vai assumir e a pedreira que vai enfrentar a partir do dia 1º de janeiro.
É preciso que ao novo prefeito e partidários esteja presente sempre uma lembrança: Independente que se tenha votado nesse ou naquele, a partir do primeiro dia do ano o senhor Nasif será o prefeito do município, de seus problemas, de seus desafios e de seus cidadãos.
Boa sorte!
Lúcio Albuquerqu
jlucioalbuquerque@gmail.com
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