Quinta-feira, 26 de novembro de 2015 - 14h13
É sério que alguém acredita ser mera leviandade um senador lançar suspeitas sobre ministros do Supremo Tribunal Federal de uma eventual ‘colaboração’ em processos? Em que pese seja, já que não há provas do alegado, daí a não cogitar que isso seja possível há uma longa distância. Não faz muito tempo o que se via nas redes sociais era justamente a dúvida que internautas lançavam sobre os julgamentos do STF por conta da forma de sua composição. Neste episódio da prisão de Delcídio do Amaral, até o ministro Dias Toffoli, indicado pelo PT, foi poupado de qualquer suspeita sobre o que vazou na conversa gravada pelo filho do Cerveró.
Não vou aqui entrar no mérito da constitucionalidade da prisão do senador petista, nem poderia, pois cabe ao Supremo dirimir quaisquer dúvidas sobre a Constituição Federal. O que pretendo é apenas forçar a reflexão e frear a onda ‘Maria vai com as outras’, tão em voga em qualquer discussão pessoal ou virtual.
Em fevereiro deste ano, a revista Época estampou um diálogo interceptado pela Polícia Federal um ano antes, em que o ministro Gilmar Mendes se solidarizava com o governador do Mato Grosso, Silval Barbosa, quando foi alvo de busca e apreensão e, prisão por porte ilegal de armas. A ligação teria sido feita do mesmo Supremo que acabara de autorizar os atos da operação que investigou a participação do governador num esquema de corrupção.
“Que absurdo! Eu vou lá. Depois, se for o caso, a gente conversa. Um abraço aí de solidariedade!”, disse Gilmar Mendes, conforme o grampo da Polícia Federal.
Não bastasse isso, meia hora depois quem ligou e também foi alvo da escuta, foi o ministro da justiça José Eduardo Cardozo.
Seria cômico, não fosse trágico, o chefe da PF cair no grampo da polícia que comanda. “O pessoal da PF se comportou direitinho com você?”, denuncia a revista com a divulgação da conversa.
Esse ato de solidariedade de Gilmar e Cardozo ao governador investigado foi amplamente divulgado na imprensa, no OGlobo, no Migalhas e a gravação da conversa foi parar no youtube.
É óbvio que temos obrigação de julgar e punir a culpa de Delcídio nesse capítulo indigesto da nossa história, mas não em detrimento do Direito, não com ingenuidade, não apenas como plateia que segura o que jogam como verdade, sem sequer questionar intenções ocultas.
O que estamos vendo no Brasil é a depuração de todos os poderes e, espero sinceramente que nenhum Tribunal Superior escape, muito menos o Supremo, o guardião da nossa lei maior.
A ministra Carmem Lúcia, a meu ver, foi infeliz ao incluir em seu voto um slogan de campanha do PT, pois associa a corrupção à uma sigla partidária, ainda que o deslize tenha sido intencional ou não. Não pode o voto ser fundamentado com paixão, com uma linguagem que inflame ainda mais a comoção popular que sabemos, influencia nos julgamentos. O que hoje agrada uns e outros, amanda pode não agradar.
O fato é que ministros do STF foram citados numa gravação que integra as investigações da operação Lava Jato e isso também deve ser apurado.
Que não vença o crime, o medo, a decepção, a desfaçatez e que realmente a imunidade não se confunda com impunidade.Luciana OliveiraEmpresária e jornalista
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