Terça-feira, 4 de abril de 2017 - 14h27
O caso é de Jí-Paraná, em Rondônia, o segundo município em que ocorre uma tentativa de censura a livros didáticos fornecidos pelos Ministério da Educação.
Em Ariquemes desde agosto de 2016 que livros com temas como diversidade familiar e sexualidade não são distribuídos na rede pública municipal. Lá, vereadores aprovaram a destruição de páginas e o prefeito apoiou a decisão, mas o Ministério Público interveio e processou a intifada moralista.
Agora a iniciativa partiu de pais que por meio de um abaixo-assinado pedem a retirada de um livro que tem ilustrações e abordagens sobre o sistema reprodutor masculino e feminino, virgindade e do autoexame de mama que previne o câncer.
Eles acham que a forma como são abordados os temas pra estudantes de 13 anos, média dos alunos da oitava série do ensino fundamental, é inapropriada.
É um livro de ciências que traz textos como: “Atualmente, muitos adolescentes preferem dizer diante da turma que já tiveram a primeira relação sexual, para não serem massacrados diante de comentários e piadas de colegas. No entanto, se a pessoa está bem consigo mesma, lembrando que a sexualidade envolve afeto, carinho e comunicação e, não apenas genitalidade, não haverá problemas”.
Pasme, há pais que afirmam que o texto vulgariza a virgindade e estimula a erotização.
Antes que queiram rasgar os livros como aconteceu em Ariquemes, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou que não pode haver qualquer tipo de censura ou dano ao material didático.
O livro das autoras Ana Maria Pereira, Margarida Santana e Mônica Waldheim, foi aprovado pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2017.
A diretora geral de educação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Maria Angélica Ayres, “diz que escolha do livro didático é um processo bastante democrático e toda a equipe gestora e os professores participam da escolha do conteúdo”.
Alguns pais acreditam que não é a escola, mas o ambiente familiar, o adequado para falar sobre o desenvolvimento de meninos e meninas no aspecto físico e emocional.
O que chega aos jovens pelos meios de comunicação de massa, sobretudo pela TV e internet, chega muito antes dos 13 anos.
Pênis, vagina, clitóris, vulva, ânus, ovário, testículos, grandes e pequenos lábios, trompas de falópio, virgindade, orgasmo, homossexualidade, diversidade familiar, transexualidade, homofobia e qualquer assunto que desperte atenção na puberdade e exija explicação no ambiente escolar por pessoa qualificada não pode sofrer a interferência de uma turba de pais ignorantes e babacas.
150 pais sem capacidade para avaliar o material didático à luz de várias ciências, afirmam que não querem o uso do livro.
E os que querem a orientação também na escola?
Como fica a maioria prejudicada pela histeria insana que se alastrou com o apelo de bancadas evangélicas por um ensino com práticas medievais?
O vereador Fernando Holliday, parido pelo movimento reacionário chamado MBL, teve a audácia de invadir escolas para vistoriar os livros que são usados. O péssimo exemplo para a juventude é investigado por prática de caixa 2 durante a sua campanha de 2016.
São tempos medonhos em que gente caturra quer usurpar a autoridade de especialistas em educação para dizer como e quando determinados temas devem ser debatidos nas escolas.
Que se danem esses pais e parlamentares imbecis com seus discursos ideológicos retrógrados!
São pequenas ações que se proliferam e causam grandes prejuízos.
Simplesmente os façam parar.
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