Terça-feira, 3 de janeiro de 2017 - 07h11
A cada nova eleição me desiludo mais com essa Câmara de Vereadores de Porto Velho. Por lá já passaram figuras que representam o que há de pior na política.
Fui processada por denunciar vídeo em que vários vereadores apareciam recebendo maços de dinheiro e um enfiando nas vestes enquanto dançava forró.
Acompanhei a votação que absolveu da quebra de decoro cinco vereadores, três presos e dois submetidos a mandados de busca e apreensão na Operação Apocalipse.
E no histórico de esculhambação não esqueço que teve um vereador que defendeu projeto pra que Jesus Cristo fosse declarado o único “senhor de Porto Velho”.
A nova legislatura tem velhos conhecidos de escândalos por corrupção.
E nos anais, constam votações de calada da noite que em absolutamente nada contribuíram com a moralidade na política.
É uma casa de leis que já envergonhou muito e a tirar pela última polêmica, vem mais coisa ruim por aí.
No dia 26 de dezembro, no finzinho da legislatura, vereadores concluíram as votações que alteraram o § 3º da Lei Orgânica do município de Porto Velho e com isso, garantiram a eleição da Mesa Diretora e Comissões para o 2° biênio.
Já corria à boca graúda que o tucano Maurício Carvalho era favorito à presidência para o biênio 2017/2018, o que se confirmou logo após a posse. Era esperado pela costura que vinha sendo feita nos bastidores desde que se elegeu junto com o prefeito do seu partido, mas não pela expressividade do jovem na política.
É dele, portanto, o lugar de Jurandir Bengala (PR) que agora, é o primeiro vice-presidente.
O segundo vice-presidente é o jovem Márcio Miranda (PSDC).
A 1ª Secretária é Ellis Regina (PCdoB), o 2º Secretário é o reeleito Marcelo Reis (PSD), aquele preso na Operação Apocalipse e o 3º Secretário Zequinha Araújo (PMDB), aquele denunciado pelo Ministério Público por manter servidores de sua associação eleitoreira com dinheiro público.
Esse resultado, ninguém discutiu. Foi a vontade da maioria dos vereadores em sessão que previa a eleição.
O problema foi a votação pra escolha da Mesa Diretora do segundo biênio, que só foi possível com a emenda à Lei, sem alarde algum na imprensa.
Seis vereadores votaram contra a eleição da chapa única: Ada Dantas (PMN), Alex Palitot (PTB), Cristiane Lopes (PP), Da Silva (PSB), Joelna Holder (PMDB) e Luan da TV (PP).
A novata Ada Dantas esperneou, denunciou que não houve publicação da emenda e prometeu juridicamente tentar anular a sessão.
Mas, de fato consta no Diário Oficial do Município, a publicação da emenda no dia 27 de dezembro, edição 5.360, na página 12.
A verdade é que ela e outros ‘comeram bola’ e foram pegos de surpresa na véspera da eleição com o ‘presente’ deixado pelos saíram e pelos reeleitos.
Inconformados, denunciam um acordão que prejudicou o processo democrático na votação por falta de transparência.
O reeleito Edwilson Negreiros, que votou pela emenda à lei, foi eleito para presidir a casa no biênio 2019/2020.
Ada Dantas mal conseguiu usar a palavra pra declarar seu voto contrário. Foi calada aos berros pelo novo presidente Maurício Carvalho, que repetia: “Como vota vereadora? Como vota vereadora?
O mais votado, Aleks Palitot (PTB), não questiona a legalidade, “mas o comportamento. O quanto será válida a mudança de leis em benefício de uma estratégia política que favorece a mesa diretora” e não a cidade.
Tem coisa ruim a caminho, quando quem teve menos votos despreza e submete ao isolamento o mais votado.
Palitot teve 4039 votos, Maurício, o presidente do 1° biênio, teve 2796 e Edwilson, o presidente do 2° biênio, 2954.
É mais que mera esquisitice.
É preciso que os vereadores com mentalidade realmente nova quebrem essa tradição de predominância de grupos que legislam em causa própria.
A minoria deve desenterrar essa cabeça de jumento que condena a Câmara a ser um cemitério de coisas ruins.
Metaforizando, tem jumento posando de cavalo. É preciso muita coragem pra se distinguir.
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