Sábado, 10 de setembro de 2016 - 06h48

247 – A primeira grande crise do governo Michel Temer, que envolveu o ex-ministro Romero Jucá ainda na interinidade, já havia deixado claro que o golpe parlamentar de 2016 tinha uma finalidade: conter o ímpeto da Operação Lava Jato para proteger a oligarquia política brasileira, de quem a operação perigosamente se aproximava. Gravado por Sergio Machado, Jucá defendia a derrubada de Dilma para “estancar essa sangra”.
Agora, a segunda grande crise de Temer, não mais na interinidade, comprova que foi exatamente esse o objetivo do golpe. Demitido por telefone, o ex-ministro da advocacia-geral da União, Fábio Medina Osório, disse que foi defenestrado porque o Palácio do Planalto tem interesse em proteger aliados corruptos – ou seja, trata-se, como disse Jucá, de “estancar essa sangria”.
“Fui demitido porque contrariei muitos interesses. O governo quer abafar a Lava Jato. Tem muito receio de até onde a Lava Jato pode chegar”, disse ele, na entrevista concedida a Thiago Bronzatto, Marcela Mattos e Hugo Marques.
Osório, que pretendia cobrar até R$ 23 bilhões das empreiteiras e dos agentes públicos envolvidos na Lava Jato, previu um final agourento para o governo Temer. “Se não houver compromisso com o combate à corrupção, esse governo vai derreter”, disse ele. Segundo Osório, o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi o encarregado por Temer de providenciar sua demissão e conter suas investidas, que incomodavam aliados do PMDB e de partidos da base. “Qual é o problema de tentar ressarcir aos cofres públicos o dinheiro desviado?”, questiona Osório.
Depois desse novo escândalo, que revela que o Palácio do Planalto tentou obstruir investigações, aumenta a pressão sobre o procurador-geral Rodrigo Janot, que terá que provar mais uma vez se investiga a todos ou apenas o PT.
Recentemente, ele acusou a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Eduardo Cardozo de tentar obstruir a Lava Jato com uma indicação de um ministro para o Superior Tribunal de Justiça. O que fará agora com a afirmação do ex-advogado da União, que acusa o governo de demiti-lo para proteger políticos aliados? Com a palavra, Janot.
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