Segunda-feira, 13 de junho de 2022 - 14h01
Queria não dizer isso sobre o presidente da república, mas sou jornalista em Rondônia, porção da Amazônia que sofre com os impactos dos discursos e políticas antiambientais desse governo maldito.
Da campanha a posse de Bolsonaro, testemunhei o crescimento dos ataques às florestas, aos povos que vivem nelas, à jornalistas e ativistas ambientais.
Vi aumentar dia a dia o perigo a jornalistas e ativistas que Bolsonaro acusou de agirem contra os interesses do país.
No mês em que Jair Bolsonaro tomou posse como presidente decidi empenhar meus esforços, sozinha e sem recursos, à cobertura do desmantelo ambiental no estado.
Fui a vários territórios indígenas, quilombolas e reservas extrativistas para mostrar como e por que, estavam sendo invadidos com mais velocidade e violência.
Ninguém me contou. Eu vi e divulguei ameaças e crimes contra os povos originários e ao meio ambiente.
Também chamaram de aventura o meu trabalho, como Bolsonaro fez ao saber do desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, na Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas.
Também sofri ameaças. Nas redes sociais e pessoalmente.
Sigo desafiando narrativas oficiais e cada vez com mais dificuldade e medo.
Por isso posso dizer que Bolsonaro tem responsabilidade sim, com os assassinatos de Bruno e Dom. E que terá também por outros que ocorram em razão de denúncias de crimes ambientais, pois são estimulados com ações e omissões do governo.
Com o enfraquecimento dos órgãos de fiscalização e a parceria criminosa de governos com legislativos, invasores de áreas protegidas agem confiantes na impunidade.
Não à toa, Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de votos no meu estado.
Quem invade, destrói a mata, mata e quer mais.
A capital, Porto Velho, aparece hoje em terceiro lugar no ranking de municípios com mais emissões de gases do efeito estufa, resultado do desmatamento acelerado.
Qualquer jornalista e ativista que se oponha ou denuncie conflitos entre quem destrói e quem protege, corre o risco de ser assassinado.
Há dois anos mataram Ari Uru Eu Wau Wau, guardião da floresta. Ele fazia parte de um grupo que monitorava invasões nas aldeias de seu povo. Quem matou e quem mandou matar, não se sabe.
Hoje Bruno e Dom Phillips.
Amanhã, por que não eu? Por que não a Neidinha Surui, uma das protagonistas do premiado filme The Territory, que expôs ao mundo o mal que Bolsonaro faz à Amazônia e a seus povos?
Floresta em pé nenhuma vida a menos!
É urgente acabar com esse governo, com a destruição das florestas e as mortes dos que defendem a vida.
Eleger Bolsonaro presidente foi uma aventura desgraçada.
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