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Gente de Opinião

Leo Ladeia

Política & Murupi 18/01/11




Frase do dia

“A maldade bebe a maior parte do veneno que produz." (Sêneca)

 

01-Campanha pró-hospital de campanha

 Depois do pedido de socorro com direito avião do Jornal Nacional, o governo de Rondônia encara o primeiro revés. Tido como favas contadas, o “hospital de campanha” virou campanha. O governo federal negou o pedido do governador Confúcio, com base no relatório da comissão interministerial da Defesa, Saúde e Integração Nacional, que veio em Porto Velho para analisar a situação. Pero, el quién no grita no amamanta... O governo federal ofereceu uma assessoria e já no 18, técnicos da Saúde iniciam o trabalho. Meno male. Mas a patinada do Confúcio na reta dos boxes foi feia e vai repercutir um bocado. Ora se vai. Vixi!

02-Ajuda possível

Confúcio Moura mandou-se para Brasília para resolver um problema e vai encontrar outro. Sem hospital de campanha, que venha a assistência técnica mas, de preferência, com recursos adicionais como dinheiro, medicamentos, equipamentos e principalmente médicos. O resto fica por conta da Secretaria de Saúde. Oportunidade de ver a criatividade da nova equipe para solucionar problemas de logística e até resolver o caso do Hospital de Cacoal. Hora de ver a veia municipalista do Confúcio em ação pois, sem prefeito não vira nadica...

03-E o elefante e o pitaco

Não sei se é possível mas uma solução mambembe seria utilizar algum espaço para abrigar pacientes em observação ou em recuperação, desafogando o JPII e o Hospital de Base. O prédio que deveria serr o sonhado hospital do Câncer está sendo utilizado como casa de apoio, tocado sabe lá Deus como. O projeto que o transformaria em hospital universitário está correndo mas, o elefante está parado. E como para perguntar não é preciso anestesia, lá vai: Não é o caso de se dar a ele uma utilização mais apropriada e sair do sufoco? É só pitaco...

04-Uma volta ao passado

Estávamos ali pelo início do governo e o recém eleito Ivo Cassol pôs a boca no trombone denunciando o contrabando de diamantes da Reserva Roosevelt. Um rolo de cobra que se arrastou por quase oito anos. De denunciante, Cassol passou a investigado tendo sido aberto o Inquérito 204 – que lhe deu a maior dor de cabeça e rendeu pano pra manga. Os fatos não guardam semelhanças a não ser pela forma como foram deflagrados. E o Zé de Nana repete a mesma frase que usou naquela época: “o perigo da cobra mal matada é o último bote”. 

05-Nada de novo no front

Pura perda de tempo mas, vamos lá. Quem acompanha as escaramuças para composição da nova mesa da ALE, fica na posição de quem se posta do lado de fora de um carrossel girando a toda velocidade. Dá para marcar a posição de um ou outro mas não a de todos. O que já pintou de deputado em alta e em baixa é de dar vertigem em estátua. Sobre as práticas para cooptação, bem... aí não existe nadica de novo. É tudo tão igual e tão previsível quanto as chuvas de verão solapando morros ou enchentes do Madeira em casas de ribeirinhos. Os mesmos métodos, as mesmas promessas e os mesmos desmentidos. Ai ai.  

06-Cortando o filé mignon

A OAB vai ao STF contra um privilégio odiento: a aposentadoria vitalícia de ex-governadores. Via ADINS a OAB vai pedir a cassação dos benefícios que, em alguns casos, chega a R$ 25 mil por mês, por atentar “contra o princípio da moralidade pública, afrontando a Constituição Federal”, diz o presidente Ophir. O Globo, diz que 60 ex-governadores ganham o mimo. O Tudorondonia revela que o ex-governador Cassol disse que renunciou ao benefício, mas o governo diz que em dezembro, ele recebeu em torno de R$27 mil como aposentadoria e décimo-terceiro e que não houve pedido de renúncia. E que natal gordo véio....  

07-Cano entupido

O governo de Rondônia precisa da obra, tem interesse em resolver o imbróglio, o consórcio construtor idem, mas o TCU resolveu manter o cano obstruído até que o rolo seja desfeito. O problema maior, segundo um técnico da Seplan, é a falta do projeto que deveria ter sido feito pelo governo do estado e que acabou por travar a obra. Depois de conversar com os dirigentes da empresa chegou a vez de bater às portas do TCU e da bancada federal do estado para desentupir o cano. Uma obra necessária como esgotamento sanitário da capital não pode virar coisa igual ao Teatro Estadual, Pontes do Madeira ou Hospital de Cacoal.    

08-A corda quebrou

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Joaquim Soares Neto, que vinha na corda bamba desde o ano passado depois da lambança do Enem, estatelou-se na calçada da fama. Como sempre ocorre, segundo a assessoria do MEC, Soares pediu demissão. Para seu lugar vai a reitora da Universidade Federal do Estado do Rio - UniRio,  Malvina Tania Tuttman. Novos tempos, novas práticas. A coisa toda foi bem no estilo Dilma Roussef. Errou e não tem explicação? Pede pra sair seo 02.  

09-Tragédias permitidas

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza entrou na briga pelo “nosso Delúbio” e quer tê-lo de volta no PT. É missa encomendada e ele já que apresentará novo pedido de filiação. Vaccarezza o apóia e diz: "não é justo que Delúbio tenha pena definitiva. Todos eles já pagaram um preço maior do que seus pecados e nenhuma pena é eterna". Ora, ora, ora, até aqui o processo do mensalão com seus quarenta participantes continua pendente de julgamento no STF e com sérios riscos de continuar se arrastando por muito mais tempo. A tragédia da corrupção sistematizada ainda está viva na cabeça de todos nós. Ô homem sem memória ou permissivo esse tal de Vaccarezza...

10-Tragédias proibidas

O governo do Brasil deu a mão à palmatória e reconheceu na ONU que não tem planejamento para lidar com tragédias. Ainda bem. Reconhecer o próprio erro é o primeiro passo para fazer o que é certo. A ironia é que o Brasil é tido lá fora como um dos países com expertise no assunto pelas ações no Timor e Haiti. Aí o governo se embanana logo depois ao afirmar que dentro de quatro anos terá resolvido o assunto. Claro que não é assim. É preciso desenvolver a cultura, treinar gente e isso é um processo constante. E além de tudo não dá para acertar com a natureza paraque suspenda as tragédias por quatro anos.... 

 

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Fonte: Léo Ladeia - [email protected]  
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