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Ninhal no Pântano


Ninhal no Pântano  - Gente de Opinião

Em um determinado local do Baixo Madeira (omitido para preservar e evitar predadores), existe um pântano de difícil  acesso onde várias espécies de aves utilizam para construir em seus ninhos, depositarem  seus ovos e criarem seus filhotes.

O local  tem uma vegetação muito estranha e  diferenciada  de todas as que existem no Vale do Madeira e seu entorno. Existem poucas pessoas que moram nas proximidades que conseguem ir até o Ninhal.

O Ribeirinho Edilson Nobre  achou o local por acaso; viu muitos pássaros indo a uma determinada direção e curioso, foi seguindo as aves. Quando entrou na mata viu um Pântano que não conhecia. Pegou uma pequena canoa e foi abrindo caminho através da estranha paisagem e quanto mais avançava, mais a vegetação ficava fechada  e diferente. Após um tempo, chegou a uma enorme lagoa e  ficou    surpreso com o que  viu.     Milhares   de pássaros  de   grande porte como o  Alencor,  Maguari,  Tuiuiu, Socó, Pato Selvagem, Mergulhão, Cigana, Biguás e outras espécies nesta esplanada alagada, em seus ninhos. Ao perceberem a presença do intruso, voaram pra longe, deixando seus ninhos com os ovos. Quando alçaram vôo fizeram um grande movimento e inúmeros ovos caíram na água, para deleite dos jacarés que ficam nas proximidades esperando caírem os ovos para se alimentarem.

Neste fim de semana, após muitos pedidos o Ribeirinho, resolveu me levar ao Ninhal. Fui junto com o Radialista Luiz Gonzaga Leite encarregado de  gravar toda a operação.

Navegamos pelo Rio Madeira até o local de entrada. Tivemos que empurrar a pequena canoa mata a dentro por cerca de 45 minutos. Embarcamos e nos dirigimos ao Ninhal. A vegetação realmente e muito estranha e meio apavorante. Nunca tinha visto coisa igual. Um pântano com uma camada esverdeada de micro organismo e fétida. Árvores retorcidas e diferentes e tivemos que fazer cortes nas árvores para não perdermos a direção. Chegamos ao local e não acreditei no que vi. Milhares de pássaros em uma enorme algazarra e ao perceberem nossa  presença, levantaram vôo e foram embora, abandonando seus ninhos e muitos ovos caíram dos ninhos.

Comecei a fotografar os ninhos e em um momento perdi o equilíbrio e a canoa virou e caímos na água. Por pouco não afogamos.

O Luiz Gonzaga se segurou num galho e o nosso condutor me segurou pelo colete e puxou pra cima, vi a morte de perto.

Em seguida foi pegar a canoa e nós nos agarramos pelas bordas e fomos  levando-a  até a margem,  sempre batendo os pés na água para evitar a aproximação de jacarés,  abundantes no local. Chegamos exaustos porém VIVOS. Perdi duas lentes e o celular, só bens materiais.

O local daria muito bem para um filme de terror ou a continuidade da série ANACONDA.

Galeria de Imagens

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