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Carlos Sperança

Queimada ou Covid + Salvando a pele + Haja festas + Fora da peleja


Queimada ou Covid + Salvando a pele + Haja festas + Fora da peleja - Gente de Opinião

Queimada ou Covid

A confusão que varre o Brasil por conta da Covid-19 e das escaramuças palacianas criou muita incerteza. O país passou o ano de 2019 esperando zerar o déficit nacional e confiando que iria crescer pelo menos 3% em 2020 e tudo se desvaneceu, menos a previsão de mais fumaceira com queimadas.

Ficou difícil, mesmo para as mentalidades mais otimistas, acenar com previsões positivas no olho do furacão de uma crise, mas arrancar os cabelos e rasgar as vestes nunca trouxe soluções. Elas vêm, sempre, do desenvolvimento da ciência. Também no caso das queimadas, há a expectativa de que a ciência, cuja capacidade de constatar e denunciar queimadas aumentou tanto, traga também respostas para reduzi-las, via tecnologia.

Por ora, entretanto, as evidências são de que o cenário de 2019 pode se repetir. A expectativa de que uma ação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) possa conter os incêndios criminosos não evita as queimadas aceitas para limpeza de áreas, correção de pastagens e outros casos.

Ser aceitas não significa isentas de causar poluição atmosférica e há padrões de qualidade do ar fixados pela Organização Mundial de Saúde, mas enquanto a ciência não inventar algo mais rentável, o fumacê corretivo continuará. Agora com eventuais surtos de insuficiências respiratórias atribuídos mais à Covid-19 que à Seca-20. A estação dirá.

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Nossa economia

O recuo na arrecadação do ICMS ameaça os municípios rondonienses já com problemas para pagar o funcionalismo. Até os municípios maiores, como Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena já se ressentem com a queda de tributos e também na arrecadação do Imposto Predial Territorial Urbano-IPTU que mesmo com descontos tem sido caloteado. Com parte do comércio já operando, os alcaides esperam uma recuperação a médio prazo.

Salvando a pele

No entanto, na área econômica, o estado de Rondônia se ressente menos dos reflexos negativos do coronavírus, mesmo com a queda na arrecadação de impostos do comércio e serviços. Ocorre que o agronegócio num todo, principalmente a pecuária – com  a exportação de carnes para outros países – e o cultivo da soja ( majoritariamente para o mercado chinês) tem compensado a queda na arrecadação. Com isto o capeta não ficou tão feio em solo rondoniense. Temos uma luz ao final do túnel.

Haja festas

Seguem as festas em Porto Velho mesmo com as restrições da saúde com a pandemia do coronavirus. Não é a toa que a capital rondoniense tem curva ascendente e os números tem mostrado isto e projetado uma desgraceira. Se a desobediência dos ditames da OMS continuarem por aqui não haverá covas suficientes para atender a demanda de mortos, mesmo com a ampliação do cemitério de Santo Antônio, o chamado Tonhão II. Rondônia tem um dos piores índices de distanciamentos do Brasil na pandemia. É lamentável.

Fora da peleja

Ao contrário do que foi divulgado na coluna durante a semana, por fonte não fidedigna como se comprovou, o deputado estadual Laerte Gomes (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa não vai disputar a prefeitura de Ji-Paraná. Neste momento o presidente da Casa de Leis dedica seus esforços, com os parlamentares, para combater a pandemia do coronavírus e administrar o Poder Legislativo com austeridade. Com isto tem conseguido bons resultados, como o pagamento rigosamente em dia do funcionalismo.

Dois projetos

O senador Confúcio Moura (MDB-R) apresentou  durante a semana dois projetos interessantes no Congresso Nacional. O primeiro destinando aos recursos oriundos de apreensões de drogas e lavagem de dinheiro para combater o novo coronavírus, justificando a necessidade de mais verbas para a saúde. Já o segundo projeto elaborado, garante a oferta de residências temporárias para mulheres e crianças vítimas da violência doméstica. As matérias já em tramitação, precisam ainda passar nas comissões técnicas do Senado.

Via Direta

*** Rolou gozações na aldeia sobre a iluminação na BR 364: a reinauguração teria custado mais caro que a obra. Coisa de louco!*** Os políticos “macacos velhos” estão voltando para a disputa das eleições municipais de 2020 em Rondônia *** Os ex-prefeitos Ernandes Amorim em Ariquemes, Carlos Magno em Ouro Preto do Oeste são alguns deles como Toninho Geraldo em Presidente Médici *** Na capital, a campanha deste ano está morna e sem definições, mas as especulações em torno de novos nomes continuam enquanto se aguarda uma decisão do favorito Leo Moraes (Podemos) que já admite preferir continuar na Câmara dos Deputados até o fim do mandato ***Não seria causa de espanto, já que a prefeitura de Porto Velho vem se tornando uma verdadeira  catatumba para os políticos *** Os primeiros dias da reabertura do comércio em Porto Velho não foram dos melhores no centro histórico *** Mas os dirigentes lojistas estão otimistas para o Dia das Mães uma data infalível para o comércio rondoniense.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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