Segunda-feira, 23 de julho de 2018 - 21h16
Balanço de 40 anos
Duas conclusões importantes resultaram da realização do seminário “Quarenta anos do Tratado de Cooperação Amazônica” na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara Federal.
A primeira, positiva, é o conjunto de qualidade da organização, amplitude dos temas e representatividade dos participantes. Segunda, não negativa, mas exigindo reflexões sérias, a comprovação de que em quatro décadas várias tarefas importantes foram prejudicadas, esquecidas ou atrasadas.
Sob o lema “Sustentabilidade: um paradigma para o desenvolvimento da Amazônia”, o seminário foi um balanço memorável do acordo assinado em julho de 1978 pelos oito países amazônicos, prevendo ações conjuntas para o desenvolvimento da região.
Ninguém mais acredita que forças militares vizinhas, distantes ou alienígenas venham ocupar a Amazônia, mas há uma espécie de exército ainda mais insidioso ameaçando. Suas armas são o descaso com as necessidades dos povos, que estimula a criminalidade, a desinformação e a morosidade com que a diplomacia organiza a cooperação entre os países amazônicos.
Não são, portanto, forças de ocupação provenientes do exterior ou do espaço, mas frutos das debilidades dos poderes públicos, agravadas pela baixa qualidade da democracia.
Cenário de incertezas
Num cenário de incertezas, onde tudo pode acontecer, os partidos vão as convenções nesta semana que inicia em Rondônia. Tudo com emoção, já que no MDB tem o conflito armado entre o senador Valdir Raupp e o ex-governador Confúcio Moura. Já não há espaço para os dois no mesmo partido e a pendenga será disputada no voto, com Raupp em vantagem.
Também surpresas
O quadro projetado para as convenções também apresentam surpresas até pouco tempo inacreditáveis, como a aliança do PDT/PSB de Acir Gurgacz e Daniel Pereira, com o PP/PR de Carlos Magno e Jaqueline Cassol. Não bastassem tantos fatos novos, os dois favoritos ao Senado podem ficar de fora, casos de Confúcio (vetado) e Expedito postulando o governo.
Vejam os reflexos
Os reflexos de uma eventual saída do páreo ao Senado de Confúcio e Expedito são enormes. Já rola uma epidemia de inspetores de quarteirão se atirando a peleja, mas os principais beneficiados são Aluizio Vidal (P.Velho), Jesualdo Pires (Jipa), além de Carlos Magno (Ouro Preto ), Marcos Rogério (Jipa) e Fátima Cleide (P. Velho).
O canibalismo
Chama atenção o canibalismo na peleja ao Senado na região central, envolvendo Carlos Magno (PP), Jesualdo Pires (PSB) e Marcos Rogério (DEM). É certo que dois deles acabarão prejudicados e destes quem fizer o dever de casa, ganhando bem por lá, terá mais chances de galgar uma das cadeiras. Não há capão para tanto tigre.
As estratégias
Com Carlos Magno tendo todo o apoio de Ivo Cassol, Jesualdo Pires do governador Daniel Pereira e de Acir Gurgacz; e Marcos Rogério, de Bianco, Expedito e Mariana, teremos uma disputa empolgante pela frente. É bom ressaltar aquele que ganhar em Jipa e que pegue pelo menos o terceiro lugar na capital, já estará com meio caminho andado.
Via Direta
*** Na capital, a bolsa das apostas mostra cotações altas para Alex Palitot a Assembléia Legislativa, Léo Moraes à Câmara dos Deputados e Aluízio Vidal ao Senado *** No interior os cotados para as maiores votações a ALE são, Lebrão (MDB) e Adelino Folador (DEM); a Câmara Federal Jaqueline Cassol (PP) e Melki Donadon (PDT) *** Ao Senado o cenário é nublado e com grandes reviravoltas até as convenções.
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