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Carlos Sperança

O Conselho da Amazônia + Uma polarização + Aposta arriscada + Troca-troca


O Conselho da Amazônia + Uma polarização + Aposta arriscada + Troca-troca - Gente de Opinião

O Conselho da Amazônia

Os líderes amazônicos, os empresários da região e os povos da floresta estão sempre de coração na mão e respiração suspensa toda vez que emana da esfera federal alguma decisão referente à floresta. A balbúrdia em torno do Fundo Amazônia abalou uma cooperação positiva com países europeus e prejudicou seriamente iniciativas em andamento ou em vias de prática.

Quilômetros de rodovias parecem contados em metros, ferrovias dormem no papel e não sobre dormentes, usinas que deveriam tirar energia do esplêndido sol regional avançam como tartarugas e não com a velocidade da irara. Quando há investimentos, o grosso dos aportes é para projetos que beneficiam interesses de outras regiões.

Considerando o que tem vindo de Brasília nas últimas décadas, espera-se que o Conselho da Amazônia seja o esperado divisor de águas entre o descaso do passado e uma nova era de respeito à floresta, seus povos e perspectivas de desenvolvimento, punindo a destruição predatória ou mascarada de falso progresso, que se apropria da riqueza para poucos.

Quando os governadores mais estavam angustiados com o desprestígio que sofrem de Brasília, o general Hamilton Mourão, escalado para presidir o Conselhão, disse aos líderes estaduais para passar a mão no telefone e lhe ligar. Felizmente a Covid-19 não tem o poder de afetar as linhas telefônicas.

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Uma polarização

Nos meios políticos já se começa a fazer as contas sobe a eleição na capital. Sem Leo Moraes (Podemos) e Fernando Máximo que teriam desistido da peleja de outubro, a campanha deve começar polarizada entre o prefeito Hildon Chaves (PSDB) e o candidato da coalizão formada pelo PSB/PDT/Solidariedade, o deputado federal Mauro Nazif. No entanto, mais adiante  esta polarização vai ser quebrada com Vinicius Miguel (Cidadania), o grande beneficiado pela ausência de Leo Moraes, com forte apoio dos formadores de opinião na capital.

Aposta arriscada

Os prefeitos de Rondônia que buscam a reeleição na eleição deste ano estão fazendo uma aposta arriscada ao afrouxar a fiscalização em cima da pandemia da coronavírus. É o caso do município de Ariquemes, onde o prefeito Thiago Flores  queria liberar geral a economia, argumentando que o desemprego já é grande naquele município e alguma coisa precisava ser feita. Vamos ver quando o vírus chegar por lá como é que a coisa fica, lembrando que até agora Ariquemes não tinha casos confirmados da doença.

Calendário eleitoral

Consta no calendário eleitoral vigente que os servidores públicos que não ocupam cargos em comissão interessados em disputar cargos eletivos em outubro serão obrigados a se afastar de suas funções três meses antes das eleições. Toda documentação comprobatória deve ser apresentada no cartório eleitoral no momento do registro da candidatura, logo depois das convenções partidárias no dia 15 de agosto.

Colonização

Passado mais um século do início da imigração japonesa no Brasil, os asiáticos que inicialmente se instalaram em São Paulo, Amazonas, Pará e Norte do Paraná, se alastraram pelo País inteiro. Em Rondônia é forte a presença dos japoneses que vieram  inicialmente para se dedicar a produção de hortifrutigranjeiros em Porto Velho. No Cone Sul já na primeira eleição geral em 1982 foi eleito um deputado estadual nipônico, o falecido Jô Sato. Atualmente o prefeito Eduardo Japonês (Vilhena) é um dos ícones da colônia no estado.

Troca-troca

O troca-troca de partidos encerrado no final de semana registrou o ingresso da vereadora Elis Regina no Podemos, de Leo Moraes. A parlamentar foi eleita e reeleita pelo PC do B de Pantera e agora busca novos caminhos. Também o vereador Marcelo Reis, um  dos mais destacados do Legislativo de Porto Velho mudou-se, ingressando de  mala e  cuia no PSB, buscando o desafio da terceira reeleição. PL e PSB estão agora com as maiores bancadas no Legislativo da capital.

Via Direta

*** A soltura de presos por conta do coronavírus está aumentando a criminalidade em algumas regiões de Porto Velho *** Foram quase 200 detentos soltos nos últimos meses, mais da metade oriundos da Colônia Penal. Salve-se quem puder *** O Patriotas está atraindo quadros da base do governador Marcos Rocha ainda no PSL. Alguns deputados da sua coalizão já estão aderindo ***Ainda não se sabe o destino das lideranças rondonienses que trabalhavam na implantação do Aliança Para o Brasil , o partido criado pelo clã Bolsonaro  e que acabou espichando o bico e não poderá participar das eleições municipais ***  Outra legenda com possibilidade de crescimento é o Republicanos, comandado pela igreja universal. Os irmãos Bolsonaro já estão filiados e trazendo quadros do PSL *** Com o verão já batendo forte em Porto Velho o sol já colabora com a recuperação das estradas vicinais e coletoras no estado. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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