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Carlos Sperança

Hildon Chaves especula cobrar o IPTU atrasado na justiça - Por Carlos Sperança



Regularização fundiária

Uma das marcas positivas do prefeito petista Roberto Sobrinho, o programa de regularização fundiária, foi abandonado e se tornou o maior fracasso da gestão do prefeito Mauro Nazif (PSB) que deixa o cargo neste dia 1º de janeiro. Caberá ao alcaide eleito HIldon Chaves (PSDB) retomar os trabalhos para agilizar as escrituras e até pedidos para a construção civil, cujos processos demandavam até dois anos para serem concluídos causando enormes prejuízos para a capital rondoniense.

Talhado para cargos legislativos, Mauro Nazif decepcionou no Executivo e não conseguiu imprimir um ritmo ágil na máquina publica. Foi tudo emperrado em sua gestão e concorreu também para a desgraceira do seu mandato, os problemas herdados da segunda gestão petista, que ruiu nas operações da Policia Federal, com a prisão do prefeito e de vários secretários.

Com as administrações anteriores dando xabu – descontada a primeira gestão petista sem escândalos – caberá ao tucano HIldon Chaves colocar as coisas nos eixos. Uma missão hercúlea.


Grandes emoções

A criação do estado de Rondônia em 22 de dezembro de 1981 e a instalação do estado em 4 de janeiro do ano seguinte foram de grandes emoções para os então 500 mil habitantes do então Território. Recém chegado, participei da epopéia e vibrei junto com a população pela conquista que nos livrava do jugo do Acre, onde quase tudo relativo ao território federal era decidido.

Rondônia vivenciava o apogeu migratório. Novos contingentes humanos chegavam diariamente e eram contabilizados pelo portal do Cone Sul. Predominavam migrantes paranaenses, gaúchos, capixabas, mineiros, catarinenses, mato-grossenses e nordestinos, conforme os registros. Todo mundo era obrigado a tomar a vacina contra a febre amarela.

Atualmente com cerca de 2 milhões de habitantes, Rondônia tem seu PIB crescendo a 3 por cento ao ano já sofrendo uma estabilização demográfica depois da construção das usinas de Santo Antônio e Jirau, que refletiu num magnífico aumento populacional de Porto Velho, que em pouco mais de três anos passou de 350 mil para 520 mil habitantes.




IPTU NA JUSTIÇA

Hildon Chaves especula cobrar o IPTU atrasado na justiça - Por Carlos Sperança - Gente de Opinião

Boquiaberto com a descoberta da folha de pagamento do município de Porto Velho que atinge R$ 60 milhões com um contingente inflado de 14 mil funcionários, o prefeito eleito Hildon Chaves também especula cobrar o IPTU atrasado na justiça. Como quase a metade dos contribuintes da capital estão acostumados a calotear o pagamento do referido imposto, a gritaria será grande, pois a medida vai atingir milhares de cidadões.

Chaves esta auditando a folha da capital com auxilio da Fundação Getulio Vargas. Tem coisas difíceis de entender: a cidade paulista de Ribeirão Preto, com mais de 700 mil habitantes conta apenas com 9 mil servidores, enquanto em Porto Velho, com duzentos mil almas a menos, contabiliza 14 mil. Sendo verdade, os últimos prefeitos fizeram farras de contratações e com isto a situação foi se agravando ano a ano.

Chaves assume dia 1º de janeiro com muitos nós que precisam ser desatados. Dos recursos de saneamento básico bloqueados pela justiça a cobrança judicial do IPTU atrasado. Convenhamos, não terá vida fácil.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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